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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Destinação do lixo urbano e hospitalar

A adequada condução do serviço de limpeza urbana é importante não só do ponto de vista sanitário, mas também econômico-financeiro, social, estético e de bem-estar. Apesar disso, um estudo conveniado da Organização Pan-Americana de Saúde, de 1990, que estimou em mais de oitenta mil toneladas a quantidade de resíduos sólidos gerados diariamente nas cidades brasileiras, constatou que apenas a metade era coletada. A outra metade acabava nas ruas, terrenos baldios, encostas de morros e cursos d'água. Da parte coletada, 34% iam para os lixões (depósitos a céu aberto) e 63% eram despejados pelos próprios serviços de coleta em beiras de rios, áreas alagadas ou manguezais, prática cada vez mais questionada por suas implicações ecológicas. Somente três por cento da parte coletada recebiam destinação adequada ou pelo menos controlada.
O lixo coletado pode ser processado, isto é, passar por algum tipo de beneficiamento a fim de reduzir custos de transporte e inconvenientes sanitários e ambientais. As opções de tratamento do lixo urbano, que podem ocorrer de forma associada, são: compactação, que reduz o volume inicial dos resíduos em até um terço, trituração e incineração. Boa opção do ponto de vista sanitário, a incineração, porém, é condenada por acarretar poluição atmosférica.
A disposição final do lixo pode ser feita em aterros sanitários e controlados ou visar à compostagem (aproveitamento do material orgânico para a fabricação de adubo) e a reciclagem. Esses dois últimos processos associados constituem a mais importante forma de recuperação energética. A reciclagem exige uma seleção prévia do material, a fim de aproveitar os resíduos dos quais ainda se pode obter algum benefício, como é o caso do vidro, do papel e de alguns metais.
A solução defendida por muitos especialistas, porém, envolve a redução do volume de lixo produzido. Isso exigiria tanto uma mudança nos padrões de produção e consumo, quanto a implantação de programas de coleta seletiva de lixo. Nesse caso, os diversos materiais recicláveis devem ser separados antes da coleta, com a colaboração da comunidade.
Os países industrializados são os que mais produzem lixo e também os que mais reciclam. O Japão reutiliza 50% de seu lixo sólido e promove, entre outros tipos de reciclagem, o reaproveitamento da água do chuveiro no vaso sanitário. Os Estados Unidos (EUA) recuperam 11% do lixo que produzem e a Europa Ocidental, 30%. A taxa de produção de lixo per capita dos norte-americanos, de 1,5 quilo por dia, é a mais alta do mundo. Equivale ao dobro da de outros países desenvolvidos. Nova York é a cidade que mais produz lixo, uma média diária de 13 mil toneladas. São Paulo produz 12 mil toneladas. Entre os líderes mundiais da reciclagem de latas de alumínio destacam-se Japão (70%), EUA (64%) e Brasil (61%), conforme dados de 1996 da Associação Brasileira de Alumínio.
 
POLUIÇÃO DO SOLO As principais causas da poluição do solo são o acúmulo de lixo sólido, como embalagens de plástico, papel e metal, e de produtos químicos, como fertilizantes, pesticidas e herbicidas. O material sólido do lixo demora muito tempo para desaparecer no ambiente. O vidro, por exemplo, leva cerca de 5 mil anos para se decompor, enquanto certos tipos de plástico nunca se desintegram, pois são impermeáveis ao processo de biodegradação promovido pelos microorganismos.
 
        As soluções usadas para reduzir o acúmulo de lixo, como a incineração e a deposição em aterros, também têm efeito poluidor, pois emitem fumaça tóxica, no primeiro caso, ou produzem fluidos tóxicos que se infiltram no solo e contaminam os lençóis de água. A melhor forma de amenizar o problema, na opinião de especialistas, é reduzir a quantidade de lixo produzida, por meio da reciclagem e do uso de materiais biodegradáveis ou não descartáveis.

MÉTODOS DE ELIMINAÇÃO
 
         
O aterro sanitário é o modo mais barato de eliminar resíduos, mas depende da existência de locais adequados. Esse método consiste em armazenar os resíduos, dispostos em camadas, em locais escavados. Cada camada é prensada por máquinas, até alcançar uma altura de 3 metros. Em seguida, é coberta por uma camada de terra e volta a ser comprimida. É fundamental escolher o terreno adequado, para que não haja contaminação nem na superfície, nem nos lençóis subterrâneos. Além disso, o vazadouro deve ter boa ventilação.
Os incineradores convencionais são fornos, nos quais se queimam os resíduos. Além de calor, a incineração gera dióxido de carbono, óxidos de enxofre e nitrogênio, dioxinas e outros contaminantes gasosos, cinzas voláteis e resíduos sólidos que não se queimam. É possível controlar a emissão de poluentes mediante processos adequados de limpeza dos gases.
            A fabricação de fertilizantes ou adubos, a partir de resíduos sólidos, consiste na degradação da matéria orgânica por microorganismos aeróbicos. O húmus resultante contém de 1% a 3% de nitrogênio, fósforo e potássio.
FONTE; lixohospitalar.vilabol.uol.com.br

                                      

REDE ELÉTRICA E PREVENÇÃO DE ACIDENTES

A eliminação de acidentes elétricos não é tarefa simples, mas precisa ser constantemente perseguida. Resolver esse problema implica em união de esforços das empresas envolvidas, dos trabalhadores e da sociedade. Estudar e analisar as causas dos acidentes é uma tarefa que todo profissional que trabalha exposto a riscos tem o dever de realizar. É exatamente esta situação a vivida pelos trabalhadores que atuam nas redes elétricas. E mesmo com esta e outras precauções, ocasionalmente recebemos notícias de acidentes aqui e ali envolvendo o trabalho com eletricidade, de alto risco. E não é somente com os trabalhadores especializados em eletricidade, mas também com aqueles que ao desenvolverem outras atividades, como: pintura, construção etc., acidentalmente têm contato ou se aproximam muito das redes elétricas. Mais difícil que tomar conhecimento dessas notícias é saber que a grande maioria desses acontecimentos poderia ter sido evitada ou pelo menos minimizada. Há uma máxima em prevenção de acidentes que defende o fim de todos os riscos. Não sendo possível, trabalha-se para minimizá-los, protegendo o ser humano com ações que vão deste o adequado e eficaz treinamento, passando pelas informações necessárias à maximização de sua segurança e, finalmente, pela adoção de equipamentos de proteção coletivos e/ou individuais. Afinal, trabalhar próximo à rede elétrica impõe condições absolutamente essenciais para os profissionais, de maneira que a segurança e a prevenção de acidentes tenham um grau de prioridade tão importante quanto a própria qualidade do trabalho realizado. Normalmente os acidentes ocorrem por uma sucessão de falhas, aliadas ao desconhecimento dos riscos a falta de treinamento adequado sobre as atividades a serem desenvolvidas. O desafio é aumentar a capacitação de todos os trabalhadores, assim como as medidas de prevenção de ordem geral capazes de evitar que os acidentes ocorram. Como já mencionado, há categorias profissionais mais sujeitas a essas ameaças. Eletricistas, pintores, instaladores de antena e outdoors, jardineiros, pedreiros, podadores de árvores e calheiros devem ficar atentos às normas básicas de segurança, e uma delas é considerar as redes elétricas sempre energizadas. Outra preocupação importante é manter distância mínima dos cabos, para que não haja nenhum risco de choque elétrico. Deve-se ter muito cuidado e atenção ao manusear ferramentas e outros dispositivos próximos à rede elétrica, sobretudo os de metal, mais propensos à condutibilidade elétrica. Essas providências devem ser estudadas antecipadamente dentro do planejamento de segurança do trabalho, muitas vezes não priorizado. Tão importante quanto observar os riscos inerentes a essas atividades perigosas, é a utilização correta de equipamentos de proteção que podem salvar vidas. Capacetes adequados, luvas de isolamento elétrico, cinturões de segurança, cones de sinalização são alguns dos equipamentos que contribuem para evitar as lesões decorrentes de acidentes ou, ao menos, amenizá-las. Mas não nos iludamos, a prevenção, o planejamento do que irá ser executado e o cuidado constante são os pontos fundamentais para a eliminação dos acidentes. Nos casos mais graves e críticos a própria CPFL, através de inspeções técnicas, verifica a situação de obras irregulares que ofereçam riscos de acidentes para a população, iminentes ou não, notificando os responsáveis ou até solicitando o embargo judicial pelas autoridades competentes. Na construção civil, por exemplo, é essencial verificar antes de executar obras se há situações perigosas por perto. Encostar ou aproximar andaimes, escadas, barras de ferro ou outros materiais dos fios elétricos pode provocar acidentes muito graves. É no planejamento de segurança que essas situações precisam ser observadas e combatidas. A eliminação de acidentes elétricos não é tarefa simples, mas precisa ser constantemente perseguida. Resolver esse problema implica em união de esforços das empresas envolvidas, dos trabalhadores e da sociedade. Sem essa junção de esforços, dificilmente a luta contra os acidentes será vencida. *Luiz Carlos de Miranda Jr. é gerente de Segurança do Trabalho, Saúde e Qualidade de Vida da CPFL Energia.

FONTE: ABRACOPEL.