Páginas

quinta-feira, 3 de março de 2011

Ferramentas auxiliam organizações no gerenciamento de riscos

Ilustração: Beto Soares/Estúdio Boom

Todas as atividades de uma organização envolvem riscos que devem ser gerenciados. Como parte desse processo é necessário identificar as condições perigosas de um determinado local, de um projeto, de um equipamento ou mesmo de uma tarefa e entender os riscos associados em termos de probabilidade e de consequência. Para que isso seja possível, há diversas ferramentas disponíveis de análise de risco, cada qual voltada para uma aplicação específica e que ajudam as organizações nessa etapa do gerenciamento.

Associado a essas ferramentas, há métodos de valoração de riscos divididos em três categorias principais: métodos qualitativos; métodos semiquantitativos e métodos quantitativos. As definições a seguir estão alinhadas com a norma IEC/ISO 31010:2009 (Risk management - Risk assessment techniques).

Os métodos qualitativos de valoração de risco classificam/qualificam o risco dentro de grupos pré-estabelecidos. Como exemplo, o risco pode ser considerado "baixo", "médio" ou "alto". Contudo, pode haver vários riscos enquadrados no grupo chamado de "baixo" e, nesse caso, não há qualquer escala ou número que indique qual deles é o "menor" ou o "maior", dentro desse mesmo grupo "baixo". O Quadro 1, Métodos qualitativos, exemplifica essa categoria.

Os métodos semiquantitativos de valoração de risco também classificam/qualificam o risco dentro de grupos pré-definidos, porém é possível estabelecer uma priorização dos riscos dentro de cada grupo. Isso é feito usualmente por meio de uma escala numérica que define, para uma mesma categoria de risco (por exemplo, "riscos médios"), qual é o "menor" e qual é o "maior". Nesse tipo de método aparecem as conhecidas "tabelas de priorização" ou "matrizes de risco", que usualmente têm entre três e cinco colunas para definições de probabilidade e mais três a cinco colunas para definições de consequência (ou severidade). Para cada definição de probabilidade e de consequência, está associada uma escala numérica, que ajuda a situá-la dentro de um determinado grupo. Nesse tipo de método de valoração do risco, a prioridade é obtida na interseção de uma das colunas com uma das linhas, e pode ser expressa tanto em termos numéricos, quanto por meio de um adjetivo (como por exemplo, "marginal", "crítico", "catastrófico", etc). Muitas empresas fazem o uso de cores diferentes para as priorizações de risco, de modo a chamar mais a atenção para as classes de risco enquadradas em zonas críticas. A Tabela 1, Métodos semiquantitativos, ilustra esse conceito.

Os métodos quantitativos de valoração de risco calculam o risco, diferentemente dos métodos semiquantitativos, que apenas priorizam o risco baseado em uma escala pré-determinada. Para se calcular o risco (por meio da probabilidade e da consequência), são usados modelos matemáticos e pode ser necessária a utilização de softwares especializados.
A escolha do método de valoração do risco dependerá do propósito da análise, da disponibilidade de dados confiáveis e das necessidades de tomada de decisão da organização. Em alguns casos, a escolha é determinada pela própria legislação ou por um órgão governamental de controle e de fiscalização, e, normalmente, está associado à ferramenta de análise de risco mais indicada para um determinado tipo de análise requerida.

FONTE: Revista Proteção.

Raul Casanova Junior assume a Superintendência do CB–32

São Paulo/SP - O diretor executivo da Animaseg (Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho) Raul Casanova Junior foi eleito em 24 de fevereiro, o novo Superintendente do CB-32 (Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual) da ABNT. Sua posse ocorre no dia 4 de março, marcando a despedida do engenheiro de segurança Sideneo Walter Torres Rios, que atuava no cargo desde a criação do comitê, em 1996.

Raul atuava na comissão como Chefe de Secretaria e como coordenador da Comissão de Estudos dos Requisitos gerais de EPI. Segundo ele, esta nova fase buscará ampliar a atuação do comitê. "Pretendemos estender a abrangência do comitê, incluindo estudos sobre equipamentos de proteção específicos para trabalho em altura, entre outros".

A Animaseg vai dar continuidade ao patrocínio da CB-32, mas um dos objetivos de Raul é reativar a busca por novos patrocinadores.
FONTE: Redação Revista Proteção.