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domingo, 30 de outubro de 2011

Gás de cozinha: Dicas e prevenção

O botijão deve ficar longe de tomadas, interruptores, instalações elétricas e ralos, para onde o gás pode escoar e causar acidentes.
Mantenha o botijão em local ventilado. Nunca dentro de armários ou gabinetes.
Nunca deite e nem vire o botijão para saber se todo o gás foi usado.

Outras dicas
- Não aqueça o botijão, esses procedimentos podem causar acidentes;
- Ao sentir cheiro de gás, não acione interruptores elétricos, não acenda fósforos ou isqueiros, não fume e não mexa em aparelhos elétricos. Feche, imediatamente, o registro do botijão e abra portas e janelas, principalmente para o exterior da residência;
- Jamais instale queimador ou lampião diretamente no botijão. A proximidade da chama pode aquecer o botijão e causar acidentes graves;
- Use sempre o regulador de gás;
- Tenha muito cuidado ao utilizar botijões de 2kg, pois este não possui dispositivos de segurança anti-explosão (plug-fusível).
Cuidados na compra do botijão:

- Não aceite botijão enferrujado, com amassados acentuados, alça solta ou a base danificada;
- Verifique a existência da identificação da companhia de gás no botijão e no caminhão;
- Observe se há vazamento na válvula (usando espuma de sabão);
- Veja a existência do rótulo de instruções e o lacre sobre a válvula com a marca da companhia de gás;
- Nunca compre botijões de gás distribuídos por caminhões de venda clandestina.

Cuidados na instalação do botijão
- Use sempre o regulador de pressão (registro) com a inscrição NBR 8473 em relevo;
- Troque o regulador a cada 5 anos ou quando apresentar defeito. Sempre observar a validade do regulador tomando o cuidado de utilizá-lo dentro do prazo;
- Use sempre a mangueira correta, com uma "malha" transparente e com uma tarja amarela, onde aparece a inscrição NBR 8613, o prazo de validade e o número do lote;
- Ao instalar o regulador, gire a "borboleta" para a direita, até ficar firme. Nunca utilize ferramentas;
- A mangueira deve ser fixada no regulador com braçadeiras apropriadas. Nunca com arames ou fitas;
- Nunca instale qualquer acessório no botijão, além do regulador de pressão e da mangueira;
- Após a instalação, veja se há vazamento usando apenas espuma de sabão;
- Se houver vazamento, repita a operação de instalação. Se o vazamento continuar, leve o botijão para local bem ventilado e chame a empresa que entregou o gás;
- Nunca passe a mangueira por trás do fogão. Se a entrada do fogão precisa ser modificada, chame a assistência técnica do fabricante ou pessoa credenciada para o serviço.


Em caso de vazamento sem fogo no botijão

- Feche o registro ou retire o botijão do local;
- Agir de maneira rápida e consciente nessa situação é muito importante e exige que a pessoa mantenha a calma e não se impressione com o vazamento de gás;
- Ligue para o Corpo de Bombeiros discando 193;
- O ato de aproximar-se do botijão para removê-lo do local ou para fechar o registro não causa risco à saúde, o gás de botijão só é perigoso à saúde quando toma todo o ambiente, expulsando dali o oxigênio, o que pode causar asfixia. Deve-se tomar extremo cuidado para evitar o risco de um incêndio;
- Abra todas as portas e janelas, principalmente para o exterior da residência;
- Isole o restante da residência;
- Retire o botijão para um local isolado e ventilado, evitando arrastar o botijão ou contato com qualquer objeto que possa soltar faísca, podendo causar um incêndio;
- Entre em contato com a assistência técnica gratuita para a troca do botijão.


Em caso de vazamento com fogo no botijão

- Ligue para o Corpo de Bombeiros discando 193;
- Se possível feche o registro e retire o botijão do local;
- Se as chamas não apagarem, retire-o para um local isolado e ventilado para que o gás queime até acabar;
- Se não tiver condições de retirá-lo do local, afaste todos os móveis próximos ao botijão e aguarde os bombeiros.

FONTE: CBMDF.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Operários da construção civil de PE entram em greve na segunda-feira

Decisão foi tomada em assembleia realizada na terça-feira, no Recife. Na pauta de reivindicações estão reajuste salarial e mais segurança.

Mais de 70 mil operários de 2 mil obras em Pernambuco devem entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (31). A paralisação foi decretada em assembleia realizada na última terça-feira (25), pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Pesada de Pernambuco (Marreta).

A categoria pede um reajuste salarial de 15%, mas o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Pernambuco (Sinduscon/PE) propõe 9%. Os trabalhadores alegam que o aumento oferecido pelas construtoras não está acompanhando a valorização dos preços dos imóveis no Estado. Atualmente, o piso salarial do profissional é de R$ 807 e do servente é de R$ 607.

A presidente do Marreta, Dulcilene Moraes, estima que 100% dos operários participem da mobilização. “Além do reajuste salarial, a paralisação reivindica aumento da hora extra aos sábados. Queremos que passe de 70% para 100%, e também garantir o vale-compras, que eles estão querendo excluir, além de mais segurança no trabalho”, afirma.

Segundo Dulcilene, a legalidade de 48 horas foi cumprida e uma nova mobilização deve ser feita na manhã da segunda-feira, em frente à sede do Marreta, no centro do Recife. “A greve geral é a ferramenta que o trabalhador tem para protestar contra a decisão do patrão”, alega a presidente.

O diretor de relações trabalhistas do Sinduscon/PE, Érico Furtado, informou que a entidade vai comunicar as empresas associadas sobre a greve geral. “Vamos ter uma reunião nesta quarta-feira (26) para avaliar esse impasse. Vamos traçar as novas ações para contrapor e, quem sabe, conseguir reverter isso por meio de diálogo”, afirma.


FONTE: G1 PE

LER/DORT: o que é, como tratar e como prevenir

A sigla LER significa lesões por esforços repetitivos, sendo também denominada como distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho - DORT. São doenças caracterizadas pelo desgaste de estruturas do sistema músculo-esquelético que atingem várias categorias profissionais.

Geralmente são causadas por movimentos reincidentes e contínuos com consequente sobrecarga dos nervos, músculos e tendões. O esforço excessivo, má postura, stress, condições desfavoráveis de trabalho também contribuem para o aparecimento da LER.

Vale mencionar que as doenças relacionadas ao trabalho têm implicações legais que atingem a vida do cidadão. O seu reconhecimento é regido por normas e legislações específicas a fim de garantir a saúde e os direitos dos trabalhadores.

Assim, os chamados "direitos da personalidade" protegem a integridade física da pessoa (artigos 5º, da CF/88 e 11 a 21 do CC/2002), assim como asseguram medidas que reduzam os riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança (artigos 7º, XXII, da CF/88, 157 da CLT e NR-17 do MTE).

Neste sentido, se o trabalhador perceber sinais de LER deve procurar um médico e paralisar imediatamente as suas atividades. Outro passo importante é dar atenção à ergonomia, melhorando as suas condições de trabalho.

Todavia, reconhecida por perícia a doença ocupacional, bem como comprovado o nexo de causalidade (ligação) e a conduta culposa da empresa (caso não adote medidas eficazes para preservar a saúde do empregado), caberá ao trabalhador ingressar com uma Reclamação Trabalhista pleiteando uma indenização por danos materiais e, dependendo da situação, morais.

Nesta indenização será analisado se a doença realmente foi oriunda das atividades realizadas na empresa, se ocorreu redução ou incapacidade para o trabalho, se a moléstia tem cura e se houve alguma espécie de constrangimento ou humilhação passível de danos morais.

Inclusive, caso fique demonstrado que o trabalhador não tenha mais condições de trabalho, poderá ser arbitrada pelo Poder Judiciário uma pensão mensal, suficiente para manter a subsistência do empregado.

Em razão disso, as empresas devem manter um programa visando reduzir os riscos inerentes às atividades laborais e investir em ações preventivas, tais como: ergonomia, aquisição de equipamentos de proteção individual (EPIs), contratação de profissionais de segurança do trabalho e adoção de medidas de cautela pertinentes a sua área de atuação.


FONTE: Jornal Cidade.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Destinação do lixo urbano e hospitalar

A adequada condução do serviço de limpeza urbana é importante não só do ponto de vista sanitário, mas também econômico-financeiro, social, estético e de bem-estar. Apesar disso, um estudo conveniado da Organização Pan-Americana de Saúde, de 1990, que estimou em mais de oitenta mil toneladas a quantidade de resíduos sólidos gerados diariamente nas cidades brasileiras, constatou que apenas a metade era coletada. A outra metade acabava nas ruas, terrenos baldios, encostas de morros e cursos d'água. Da parte coletada, 34% iam para os lixões (depósitos a céu aberto) e 63% eram despejados pelos próprios serviços de coleta em beiras de rios, áreas alagadas ou manguezais, prática cada vez mais questionada por suas implicações ecológicas. Somente três por cento da parte coletada recebiam destinação adequada ou pelo menos controlada.
O lixo coletado pode ser processado, isto é, passar por algum tipo de beneficiamento a fim de reduzir custos de transporte e inconvenientes sanitários e ambientais. As opções de tratamento do lixo urbano, que podem ocorrer de forma associada, são: compactação, que reduz o volume inicial dos resíduos em até um terço, trituração e incineração. Boa opção do ponto de vista sanitário, a incineração, porém, é condenada por acarretar poluição atmosférica.
A disposição final do lixo pode ser feita em aterros sanitários e controlados ou visar à compostagem (aproveitamento do material orgânico para a fabricação de adubo) e a reciclagem. Esses dois últimos processos associados constituem a mais importante forma de recuperação energética. A reciclagem exige uma seleção prévia do material, a fim de aproveitar os resíduos dos quais ainda se pode obter algum benefício, como é o caso do vidro, do papel e de alguns metais.
A solução defendida por muitos especialistas, porém, envolve a redução do volume de lixo produzido. Isso exigiria tanto uma mudança nos padrões de produção e consumo, quanto a implantação de programas de coleta seletiva de lixo. Nesse caso, os diversos materiais recicláveis devem ser separados antes da coleta, com a colaboração da comunidade.
Os países industrializados são os que mais produzem lixo e também os que mais reciclam. O Japão reutiliza 50% de seu lixo sólido e promove, entre outros tipos de reciclagem, o reaproveitamento da água do chuveiro no vaso sanitário. Os Estados Unidos (EUA) recuperam 11% do lixo que produzem e a Europa Ocidental, 30%. A taxa de produção de lixo per capita dos norte-americanos, de 1,5 quilo por dia, é a mais alta do mundo. Equivale ao dobro da de outros países desenvolvidos. Nova York é a cidade que mais produz lixo, uma média diária de 13 mil toneladas. São Paulo produz 12 mil toneladas. Entre os líderes mundiais da reciclagem de latas de alumínio destacam-se Japão (70%), EUA (64%) e Brasil (61%), conforme dados de 1996 da Associação Brasileira de Alumínio.
 
POLUIÇÃO DO SOLO As principais causas da poluição do solo são o acúmulo de lixo sólido, como embalagens de plástico, papel e metal, e de produtos químicos, como fertilizantes, pesticidas e herbicidas. O material sólido do lixo demora muito tempo para desaparecer no ambiente. O vidro, por exemplo, leva cerca de 5 mil anos para se decompor, enquanto certos tipos de plástico nunca se desintegram, pois são impermeáveis ao processo de biodegradação promovido pelos microorganismos.
 
        As soluções usadas para reduzir o acúmulo de lixo, como a incineração e a deposição em aterros, também têm efeito poluidor, pois emitem fumaça tóxica, no primeiro caso, ou produzem fluidos tóxicos que se infiltram no solo e contaminam os lençóis de água. A melhor forma de amenizar o problema, na opinião de especialistas, é reduzir a quantidade de lixo produzida, por meio da reciclagem e do uso de materiais biodegradáveis ou não descartáveis.

MÉTODOS DE ELIMINAÇÃO
 
         
O aterro sanitário é o modo mais barato de eliminar resíduos, mas depende da existência de locais adequados. Esse método consiste em armazenar os resíduos, dispostos em camadas, em locais escavados. Cada camada é prensada por máquinas, até alcançar uma altura de 3 metros. Em seguida, é coberta por uma camada de terra e volta a ser comprimida. É fundamental escolher o terreno adequado, para que não haja contaminação nem na superfície, nem nos lençóis subterrâneos. Além disso, o vazadouro deve ter boa ventilação.
Os incineradores convencionais são fornos, nos quais se queimam os resíduos. Além de calor, a incineração gera dióxido de carbono, óxidos de enxofre e nitrogênio, dioxinas e outros contaminantes gasosos, cinzas voláteis e resíduos sólidos que não se queimam. É possível controlar a emissão de poluentes mediante processos adequados de limpeza dos gases.
            A fabricação de fertilizantes ou adubos, a partir de resíduos sólidos, consiste na degradação da matéria orgânica por microorganismos aeróbicos. O húmus resultante contém de 1% a 3% de nitrogênio, fósforo e potássio.
FONTE; lixohospitalar.vilabol.uol.com.br

                                      

REDE ELÉTRICA E PREVENÇÃO DE ACIDENTES

A eliminação de acidentes elétricos não é tarefa simples, mas precisa ser constantemente perseguida. Resolver esse problema implica em união de esforços das empresas envolvidas, dos trabalhadores e da sociedade. Estudar e analisar as causas dos acidentes é uma tarefa que todo profissional que trabalha exposto a riscos tem o dever de realizar. É exatamente esta situação a vivida pelos trabalhadores que atuam nas redes elétricas. E mesmo com esta e outras precauções, ocasionalmente recebemos notícias de acidentes aqui e ali envolvendo o trabalho com eletricidade, de alto risco. E não é somente com os trabalhadores especializados em eletricidade, mas também com aqueles que ao desenvolverem outras atividades, como: pintura, construção etc., acidentalmente têm contato ou se aproximam muito das redes elétricas. Mais difícil que tomar conhecimento dessas notícias é saber que a grande maioria desses acontecimentos poderia ter sido evitada ou pelo menos minimizada. Há uma máxima em prevenção de acidentes que defende o fim de todos os riscos. Não sendo possível, trabalha-se para minimizá-los, protegendo o ser humano com ações que vão deste o adequado e eficaz treinamento, passando pelas informações necessárias à maximização de sua segurança e, finalmente, pela adoção de equipamentos de proteção coletivos e/ou individuais. Afinal, trabalhar próximo à rede elétrica impõe condições absolutamente essenciais para os profissionais, de maneira que a segurança e a prevenção de acidentes tenham um grau de prioridade tão importante quanto a própria qualidade do trabalho realizado. Normalmente os acidentes ocorrem por uma sucessão de falhas, aliadas ao desconhecimento dos riscos a falta de treinamento adequado sobre as atividades a serem desenvolvidas. O desafio é aumentar a capacitação de todos os trabalhadores, assim como as medidas de prevenção de ordem geral capazes de evitar que os acidentes ocorram. Como já mencionado, há categorias profissionais mais sujeitas a essas ameaças. Eletricistas, pintores, instaladores de antena e outdoors, jardineiros, pedreiros, podadores de árvores e calheiros devem ficar atentos às normas básicas de segurança, e uma delas é considerar as redes elétricas sempre energizadas. Outra preocupação importante é manter distância mínima dos cabos, para que não haja nenhum risco de choque elétrico. Deve-se ter muito cuidado e atenção ao manusear ferramentas e outros dispositivos próximos à rede elétrica, sobretudo os de metal, mais propensos à condutibilidade elétrica. Essas providências devem ser estudadas antecipadamente dentro do planejamento de segurança do trabalho, muitas vezes não priorizado. Tão importante quanto observar os riscos inerentes a essas atividades perigosas, é a utilização correta de equipamentos de proteção que podem salvar vidas. Capacetes adequados, luvas de isolamento elétrico, cinturões de segurança, cones de sinalização são alguns dos equipamentos que contribuem para evitar as lesões decorrentes de acidentes ou, ao menos, amenizá-las. Mas não nos iludamos, a prevenção, o planejamento do que irá ser executado e o cuidado constante são os pontos fundamentais para a eliminação dos acidentes. Nos casos mais graves e críticos a própria CPFL, através de inspeções técnicas, verifica a situação de obras irregulares que ofereçam riscos de acidentes para a população, iminentes ou não, notificando os responsáveis ou até solicitando o embargo judicial pelas autoridades competentes. Na construção civil, por exemplo, é essencial verificar antes de executar obras se há situações perigosas por perto. Encostar ou aproximar andaimes, escadas, barras de ferro ou outros materiais dos fios elétricos pode provocar acidentes muito graves. É no planejamento de segurança que essas situações precisam ser observadas e combatidas. A eliminação de acidentes elétricos não é tarefa simples, mas precisa ser constantemente perseguida. Resolver esse problema implica em união de esforços das empresas envolvidas, dos trabalhadores e da sociedade. Sem essa junção de esforços, dificilmente a luta contra os acidentes será vencida. *Luiz Carlos de Miranda Jr. é gerente de Segurança do Trabalho, Saúde e Qualidade de Vida da CPFL Energia.

FONTE: ABRACOPEL.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

MPT investiga empresa importadora de lixo hospitalar

Recife/PE - O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco abriu inquérito para investigar possíveis irregularidades trabalhistas na empresa Na Intimidade, importadora de material hospitalar descartado dos Estados Unidos, usado na confecção de forros de bolsos. Inicialmente, o objetivo da investigação é apurar dois indícios que o órgão tomou conhecimento nesta terça (18): trabalho infantil e ausência de uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI). O procedimento foi aberto pela procuradora do Trabalho Ana Carolina Ribemboim, lotada em unidade do MPT em Caruaru, que atende a Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, municípios em que a empresa possui depósito.

De acordo com Ana Carolina, que ficará à frente da investigação, informações sobre os problemas começaram a circular por Caruaru. Em uma rádio, um pai falou que os filhos, menores de idade, trabalhavam na empresa. Em outra entrevista, foi noticiado que funcionários, cerca de 13 pessoas, trabalhavam sem os EPIs.

Segundo a Constituição Federal, só é permitido trabalhar a partir dos 16 anos, exceto nos casos de trabalho noturno, perigoso ou insalubre, nos quais a idade mínima se dá aos 18 anos. Também é permitido o trabalho a partir dos 14 na condição de aprendiz.

Quanto ao manuseio do material hospitalar, a procuradora esclarece que o correto, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seria ele nem acontecer, vez que a reciclagem desse tipo de resíduo é proibida. No entanto, havendo contato, como no exemplo de lavanderias, os profissionais deveriam instados pelo empregador a usar os equipamentos de proteção, além de adotar medidas preventivas como vacina contra hepatite. "O uso do EPI não é uma faculdade do trabalhador. Antes de tudo, ele precisa ser colocado pelo empregador, que deve fornecer o material sem custo e em boas condições para o empregado", lembra a procuradora.

"Os fatos precisam ser apurados. Devidamente verificados e comprovados esses e/ou mais ilícitos, o MPT traçará a sua atuação, para sanar a situação, bem como reparar as pessoas e toda a sociedade pelo dano moral", afirmou.

Pedidos

No despacho de abertura do inquérito, a procuradora do Trabalho também pediu a expedição, com urgência, de ofício à Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) e à Anvisa, requisitando o envio de toda documentação referente ao caso, como ainda, do relatório pericial, do Instituto de Criminalística de Pernambuco, de análise das substâncias encontradas nos tecidos comercializados. À Polícia Federal demandou cópia do Inquérito Policial instaurado e à Gerência Regional do Trabalho e Emprego, fiscalização no âmbito dos galpões da empresa, com a maior brevidade.

Histórico

Dois contêineres contendo 46 toneladas de lixo hospitalar importados pela empresa Intimidade, de Santa Cruz do Capibaribe, foram apreendidos pela Receita Federal, em Suape, na última quinta. A empresa vende retalhos para forros de bolsos não só no polo de confecções, mas para o Brasil e exterior, pela internet.

FONTE: MPT-PE.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Seg. Transportes - Sistema anticolisão reduz acidentes causados por distração

Pesquisa realizada por engenheiro na USP desenvolve um sistema de alerta anticolisão que é acionado em casos de distração do motorista.

Segundo dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a distração ao volante representa 8% dos acidentes de trânsito no Brasil. Para evitar as colisões laterais causadas por este motivo, foi desenvolvido na Escola Politécnica (Poli) um sistema de alerta anticolisão com o objetivo de avisar o motorista quando um veículo se aproxima pelo ponto-cego de seu veículo.

O sistema é fruto do mestrado do engenheiro Eduardo Bertoldi. O estudo Sistema anti-colisão de alerta ao motorista com o uso de estímulo auditivo e háptico levou três anos para ser concluído e utilizou games de corrida open-source (acesso aberto ao código-fonte) nas simulações e coletas de dados.

“Com o auxílio do jogo eletrônico medimos o tempo de reação média dos condutores. Percebemos que após a introdução do sistema de alertas o tempo de reação diminuiu, ou seja, os condutores reagiram mais rápido à possibilidade de acidente”, relata Bertoldi.

O sistema possui sensores instalados nas laterais do veículo e dois tipos diferentes de alarmes na parte interna do carro. De acordo com o engenheiro, os sensores laterais são capazes de identificar veículos a 20 metros de distância, em rota de colisão. Dessa forma, caso o sistema detecte uma situação de possibilidade de colisão, dois alarmes internos são acionados para estimular o motorista a evitar o choque: um bip com som tridimensional (3D) e um alerta vibratório situado no assento do motorista, próximo ao joelho.

Os alertas, situados em todo o interior do veículo, também diferenciam o lado da colisão e possuem intensidades que variam de acordo com a iminência da batida. “Os alertas trabalham com sons graves e intensos e vibram em diferentes intensidades também. Tudo isso para que o motorista não precise processar muitas informações e possa reagir com a rapidez necessária para evitar o acidente ” descreve Bertoldi.

O pesquisador ressalta que o equipamento, de fácil instalação, pode ser acoplado ao sistema elétrico do carro e possui baixo custo. “O sistema funciona como um elemento opcional, que proporciona mais segurança para o motorista. É um aparelho muito próximo a um sensor de estacionamento e com um custo estimado inferior a R$100 que pode ficar ainda mais barato com uma produção em grande escala”.

Desenvolvimento e testes

O desenvolvimento do sistema anticolisão foi dividido em duas etapas. A primeira contou com a participação de 12 voluntários e avaliou o ambiente virtual de testes. Neste período, foram testados os estímulos visuais que o jogo virtual causava nos voluntários e suas reações típicas, na iminência do acidente.

“Verificamos que a reação mais comum aos motoristas é desviar bruscamente o volante quando estão próximos à colisão. Esta reação pode ser perigosa porque pode atingir veículos que se movimentam do outro lado”, diz o engenheiro.
Na segunda etapa de testes, foram medidas as reações aos alarmes. Com a participação de 23 pessoas, durante três dias de testes, o equipamento mostrou-se eficiente como alerta e obteve resultados satisfatórios no que diz respeito ao possível desconforto que poderia causar nos condutores e à incidência de ‘alarmes falsos’.

“Conseguimos evitar que os alarmes não assustassem ou causassem incômodo aos condutores e também reduzimos a incidência de erros do sistema”, afirma o pesquisador. Apesar de diminuir o número de colisões laterais causadas pelo ponto-cego ou pela distração dos motoristas, o protótipo ainda necessita de mais testes, com um número maior de pessoas, para ser otimizado e implementado no mercado.

ENTENDA A NOTÍCIA

O sistema anticolisão criado por Eduardo Bertoldi é composto por sensores nas laterais do carro capazes de identificar veículos em rota de colisão a até 20 metros de distância, que acionam dois alarmes internos.


FONTE: O povo On-line.