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segunda-feira, 28 de março de 2011

Caminhoneiros encontram facilidade para comprar drogas

Você não sabe, mas o caminhoneiro que viaja na estrada ao seu lado cheirou cocaína e comprou droga no cartão de crédito. A Polícia Rodoviária Federal não fiscalizou nada. Quando "fiscaliza", finge e pede dinheiro. É denúncia. O Fantástico mostrou no dia 27 de maço com exclusividade. A reportagem derrubou o coordenador nacional da Polícia Rodoviária Federal.

Todas as autoridades se mostraram indignadas depois que as imagens foram ao ar. O coordenador nacional de operações da Polícia Rodoviária Federal foi exonerado. O repórter Maurício Ferraz mostra em detalhes esse escândalo nas rodovias brasileiras, começando com uma denúncia chocante: drogas vendidas abertamente em postos de combustível e pagas com cartão de crédito.

É uma viagem de dez mil quilômetros em uma boleia de caminhão. Passamos por 11 estados. Geralmente quem nos oferece drogas são os funcionários dos postos de combustíveis. Em um deles, na BR-101, em Itajaí (SC), o frentista oferece cocaína ao nosso produtor logo que paramos para abastecer

O frentista diz que, depois do serviço, vai se encontrar com traficantes e que três caminhoneiros já encomendaram a droga. Nosso produtor simula interesse. O frentista ficou de trazer a cocaína para outro posto. Nós não compramos a droga. A gente só quer saber se ele vai cumprir com o combinado. À meia-noite, o frentista aparece, como havia prometido. Ele não encontra nosso produtor e vai embora.

Em Itajaí, fica um dos maiores portos do país, o que explica a grande quantidade de caminhoneiros na região. Fomos a outro posto de combustível, ainda na BR-101. A informação é que os frentistas oferecem cocaína para os caminhoneiros. Nós fizemos um teste para ver se realmente essa informação é verdadeira.

Nosso caminhão encosta próximo a uma bomba de combustível, como se fosse abastecer, e mais uma vez um frentista oferece cocaína sem nenhum receio. Quando já íamos embora, uma surpresa: o frentista diz que a droga pode ser paga com cartão de crédito. No outro dia bem cedo, voltamos ao posto e encontramos o mesmo frentista. Segundo ele, a venda de cocaína acontece durante 24 horas.

Em Uruguaiana, cidade gaúcha, fica o maior porto seco da América Latina. No imenso terminal de cargas, há caminhoneiros de todo o Brasil. Por lá também há muita droga. Durante os 20 dias que passamos na estrada, encontramos venda de drogas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Alagoas.

Além da cocaína, flagramos também muita venda de crack. "Há muito tempo era maconha. Do ano passado para cá, nós detectamos que a primeira droga a ser utilizada é justamente a cocaína", afirma o toxicologista Anthony Wong.

Em um posto, a venda de drogas é feita ao lado de várias crianças. Na BR-116, em Cajati (SP), caminhoneiros também conseguem comprar crack bem ao lado de uma delegacia.

"É a lei da sobrevivência. Os horários e as premiações fornecidas pelas empresas que contratam os caminhoneiros estão obrigando eles a recorrer a esses entorpecentes para poder cumprir esses compromissos", alega Diumar Bueno, presidente da Federação Nacional dos Caminhoneiros Autônomos.

Na viagem, pegamos carona com o caminhoneiro Nilton Clemente Mina. Há 28 anos na estrada, ele diz que nunca precisou usar drogas e também não se envolveu em nenhum tipo de acidente.

"Não adianta botar muita pressão demais e aí depois não aguenta. Aí acontecem os acidentes. Tem que ter o repouso também, não é só dirigir. Tem que ter a horinha de repouso. De 100 ou 200 quilômetros, dá uma paradinha para dar uma relaxada e depois continua de novo. A noite é para dormir, como diz o outro", comentou o caminhoneiro Nilton Clemente Mina.

FONTE: Reprodução/TV Globo.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Pneumologista faz alerta sobre exposição ao pó de sílica

Brasília/DF - O médico pneumologista Eduardo Algranti apresentou na I Bienal de Segurança e Saúde no Trabalho, em Brasília, os resultados e desafios do Programa Nacional de Eliminação da Silicose (PNES). As metas do programa são a longo prazo e muito ainda precisa ser feito para alcançá-las, na avaliação do especialista que chefia o serviço de medicina da Fundacentro, órgão vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Entre os avanços, Eduardo Algranti destacou a proibição de uso de areia no processo de jateamento abrasivo, em 2005, a edição de manuais de orientação sobre os problemas causados pelo pó de sílica nos setores de marmoarias e cerâmicas de revestimento e treinamento de mais de 350 médicos na leitura radiológica da silicose.

Uma das dificuldades é a aplicação das normas que regulamentam o setor. Em 2008, o MTE baixou portaria proibindo o acabamento a seco de rochas ornamentais.

A ocorrência da doença é de notificação compulsória ao Ministério da Saúde desde 2004, mas, segundo o especialista da Fundacentro, o número de notificações "é considerado pequeno". O motivo seria que parte dos profissionais de saúde desconhecem a obrigatoriedade da notificação, e o sistema de notificação é restrito aos serviços públicos municipais muitas vezes de difícil acesso.

De acordo com o "Mapa de Exposição a Sílica no Brasil", de 2010, mais de seis milhões de trabalhadores estão expostos continuamente à poeira da sílica. O diagnóstico do Ministério da Saúde, apresentado no Mapa, indica não ser possível fazer uma estimativa exata de quantos trabalhadores desenvolveram a silicose no Brasil. "Mas sabe-se que é a principal causa de invalidez entre as doenças respiratórias ocupacionais", destaca o Mapa.

A silicose é provocada por partículas de sílica aspirada pelo trabalhador e depositada nos pulmões. Os principais sintomas são: falta de ar ao fazer esforço, emagrecimento e tosse. É uma doença silenciosa e que demora em média 20 anos para surgir e não tem cura.

As atividades nas quais os trabalhadores são mais expostos são: mineração de subsolo, beneficiamento e transformação de minerais, cerâmicas e vidros, metalurgia e indústria da construção. De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais/2009), do MTE, cerca de 100 mil pessoas trabalham na mineração.

Na avaliação de Eduardo Algranti, o número pode ser bem maior, tendo em vista que o setor tem terceirizado a mão de obra nos últimos anos e os números não chegam a ser computados pela Rais. Além disso, o último censo de garimpeiros no país é da década de 90.

Na área de cerâmica, ele chamou a atenção para o manuseio de louças sanitárias e da cerâmica artesanal. Na indústria da construção, as áreas de mais risco são as de construção de estradas, escavação de túneis, polimento de fachadas e beneficiamento de rochas ornamentais.

A I Bienal de Segurança e Saúde no Trabalho ocorre em Brasília/DF e vai até o dia 25 de março.


FONTE: Blog do Trabalho.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Instalação de ar condicionado exige cuidados

A instalação de aparelhos de ar condicionado é deixada, muitas vezes, a serviço do técnico que ofereceu o orçamento mais barato ou até, realizado pelo próprio dono do equipamento. Os consumidores frequentemente não se preocupam com os perigos que existem durante a instalação, ou mesmo depois se for o caso de um serviço mal feito.

Para um trabalho seguro quem irá prestar o serviço deve ter conhecimento técnico e experiência prática. Conforme o engenheiro de segurança do trabalho, Pedro João Squeff Neto, é preciso uma Análise Preliminar do Risco (APR).

" Um profissional com experiência e conhecimento se previne contra choques, analisa se o trabalho será feito em altura igual ou superior a 2 metros ou no térreo, percebe os riscos de queda de ferramentas ou do aparelho, se é em local confinado, se há probabilidade de haver presença de gases ( amônia, gás sulfídrico, pouca ausência da oxigênio, etc). Em resumo, segue todas as normas regulamentadoras de segurança do trabalho", explica Pedro.

Os equipamentos de segurança básicos são divididos conforme a necessidade da instalação. No térreo são necessários óculos de segurança, calçado com isolamento de eletricidade, luvas para isolamento de borracha especial e ferramentas que tenham blindagem contra choques. Em geral nos trabalhos a partir 2 metros de altura são obrigatórios, além dos itens acima, cinto com trava de segurança ancorado em uma linha de vida ou em local próprio tipo olhal, capacete com presilha na jugular, escada com isolamento para eletricidade. No caso de grandes alturas são utilizados ainda andaimes especiais.

Os cuidados não devem ser tomados somente na instalação de aparelhos. Neste verão, um homem caiu da janela em Capão da Canoa enquanto instalava uma proteção de ar condicionado no próprio apartamento no quarto andar de um edifício. Por isso, valem as mesmas recomendações para instalações dos protetores externos.

"A vida e a saúde não tem preço, e as empresas devem ter consciência que o maior patrimônio são os seus bons empregados, que geram receita pela sua participação direto operacional", acrescenta Pedro João Squeff Neto.


FONTE: Segs.

terça-feira, 22 de março de 2011

As mudanças nas NRs 15, 18 e 22

Fonte: Revista Proteção

O final de janeiro contou com alterações em três normas regulamentadoras. A Portaria 201 trouxe mudanças para a NR 18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção), com a inclusão de especificações sobre andaimes. Já a Portaria 202 modificou a NR 22 (Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração), com orientações sobre transportadores contínuos. A Portaria 203, por sua vez, alterou o Anexo 13-A, sobre benzeno, da NR 15 (Atividades e Operações Insalubres). As três temáticas - Construção, Mineração e Benzeno - possuem comitês tripartites para discuti-las.

No caso da NR 18, a revisão sobre andaimes começou no CPR/SP, depois foi encaminhada ao CPN e discutida  pelos CPRs de outros estados. "Este trabalho tem mais de três anos e visa aperfeiçoar os equipamentos e melhorar os cuidados no uso de andaimes tubulares fixos e móveis e os andaimes suspensos", explica o auditor fiscal da SRTE/SP, Antonio Pereira, que é membro do CPR/SP e do CPN.

Pereira enfatiza que agora os andaimes completos ou seus componentes estruturais só podem ser fabricados por empresas regularmente inscritas no CREA, com profissional legalmente habilitado. O objetivo "é eliminar do mercado empresas sem estrutura para projetá-los e montá-los".

Outro destaque, é o piso metálico nos andaimes tubulares e suspensos para corrigir a "cultura" do piso de madeira, que não é antiderrapante e muitas vezes se reutiliza. Também haverá eliminação gradativa do sistema de catraca nos andaimes suspensos mecânicos pesados, porque causam desgaste ao trabalhador. Os andaimes, nesse caso, utilizarão sistemas de manivela ou motorizados.

As dez doenças que mais afastam as pessoas do trabalho

Levantamento inédito feito pelo iG Saúde mostra o ranking das dez doenças que mais afastaram os trabalhadores do serviço em 2010 e resultaram em 571.042 licenças trabalhistas, uma média de 65 por hora.

A lista foi produzida pela reportagem com base nos registros oficiais previdenciários, compilados pelo Ministério da Previdência Social e são referentes às licenças trabalhistas que tiveram duração superior a 15 dias. Para os especialistas, os dados sobre os problemas de saúde que mais resultaram em ocorrências têm uma dupla relação de causa e efeito.

Da mesma forma que dor nas costas, joelhos machucados, hérnia inguinal, depressão, mioma uterino, varizes, doença isquêmica do coração, hemorragia no início da gravidez, câncer de mama e bexiga caída são líderes - nesta ordem - em fazer com que as pessoas fiquem afastadas de seus cargos, estes problemas também podem ser reflexo das más condições do ambiente de trabalho.
As 10 mais:
1-
 As dores nas costas, resultantes da má postura, obesidade e componente genético, é o problema de saúde que mais afastou pessoas. Foram 159.792 benefícios em 2010.

2- Os joelhos, afetados dentro e fora do ambiente profissional, ocuparam o 2º lugar no ranking de afastamentos, com 107.666 benefícios concedidos pela Previdência em 2010.

3- No 3º lugar do ranking estão as hérnias inguinais. Este problema não tem relação direta com a saúde ocupacional, mas o impacto é trabalhista. Foram 79.962 afastamentos.

4- Os transtornos de humor são crescentes no grupo de doenças ligadas ao trabalho. A depressão é o principal deles, ocupou o 4º lugar no ranking com 55.871 afastamentos.

5- O mioma uterino, doença feminina que não pode ser considerada consequência trabalhista, também mostrou impacto profissional. Ficou em 5º lugar, com 46.379 afastamentos.

6- Já as varizes ficaram em 6º lugar com 43.439 afastamentos e podem ser relacionadas diretamente à profissão, já que são agravadas quando a pessoa passa muito tempo sentada.

7- As doenças isquêmicas do coração, mistura de componente genético, hábitos de vida e também estresse, ficaram em 7º lugar nos afastamentos, com 27.218 registros.

8- Também pontuaram no ranking do afastamento as hemorragias no início da gravidez, com 25.232 registros, acima inclusive dos próprios afastamentos por motivo de parto.

9- O câncer de mama também apareceu no ranking, na 9ª posição, com 13.363 afastamentos.

10- O 10º lugar foi ocupado pela popular "bexiga caída", que rendeu 12.120 afastamentos em 2010, doença que é caracterizada, em especial, pelo escape da urina.

FONTE: iG.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Portaria nº 207 altera Anexo 13–A (Benzeno) da NR 15

Portaria n.º 207, de 11 de Março de 2011(DOU de 17/03/2011 Seção I pág. 85)
Dispõe sobre os procedimentos de cadastramento de empresas e instituições previsto no Anexo 13-A (Benzeno) da Norma Regulamentadora n.º 15, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214, de 1978.
A Secretária de Inspeção do Trabalho, no uso das atribuições conferidas pelos arts. 14, inciso II, do Decreto n.º 5.063, de 3 de maio de 2004 e em face do disposto nos arts. 155 e 200 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto n.º 5.452, de 1º de maio de 1943 e art. 2º da Portaria MTb n.º 3.214, de 8 de junho de 1978, resolve:

Art. 1º Fixar os procedimentos para análise das solicitações de cadastramento, no Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho - DSST, de empresas e instituições que utilizem benzeno, conforme previsto no item 4 e subitens do Anexo 13-A (Benzeno) , da Norma Regulamentadora - NR n.º 15 (Atividades e Operações Insalubres), aprovada pela Portaria MTb n.º 3.214, de 8 de junho de 1978.

Parágrafo único. Os pedidos de cadastramento devem ser dirigidos ao DSST e instruídos com os documentos que comprovem as informações previstas nos subitens 4.1 e 4.1.3.1 do Anexo 13-A da NR n.º 15 e o cumprimento da legislação do benzeno.

Art. 2º O DSST poderá encaminhar a solicitação de cadastramento, juntamente com a documentação pertinente, para manifestação da Comissão Nacional Permanente do Benzeno - CNPBz, de acordo com o disposto no inciso VI do art. 2º da Portaria SIT n.º 191, de 19 de novembro de 2010, publicada no Diário Oficial da União de 22 de novembro de 2010.

Art. 3º A manifestação da CNPBz acerca do pedido de cadastramento e dos documentos, em especial do Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno - PPEOB deverá ser encaminhada à unidade de Segurança e Saúde do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego - SRTE da Unidade da Federação onde se localiza o estabelecimento ou instalação objeto do pedido.

Art. 4º A unidade de Segurança e Saúde do Trabalho da SRTE deverá providenciar inspeção das instalações da empresa para avaliar:
I - a conformidade do PPEOB;
II - a composição da representação dos trabalhadores prevista no item 9 do Anexo 13-A da NR n.º 15 no Grupo de Representação dos Trabalhadores do Benzeno - GTB;
III - a existência de equipamentos que possuam tecnologias com capacidade de minimizar as emissões e;
IV - a adoção de processos baseados nas tecnologias previstas no inciso III.
§1º Nas empresas de transporte, a inspeção deverá ser em um ou mais estabelecimentos onde estejam disponíveis os equipamentos, veículos ou embarcações mais representativos dos processos de trabalho em que o benzeno seja manipulado ou transportado.
§2º É obrigatória a verificação, nas empresas mencionadas no §1º, da existência de mecanismos para garantir o efetivo controle da jornada de trabalho dos motoristas ou condutores que transportam benzeno, devendo ser indeferido o cadastramento se for apurada a prática habitual de sobrejornada de trabalho.

Art. 5º O resultado da inspeção prevista no art. 4º será informado pelo Auditor Fiscal do Trabalho à unidade de Segurança e Saúde no Trabalho da SRTE em relatório circunstanciado, com conclusão pela regularidade ou não das instalações, equipamentos e processos de trabalho e necessidade de notificação da empresa para cumprimento de exigências decorrentes de inconformidades ou insuficiência de informações no PPEOB.
§1º Havendo exigências, a unidade de Segurança e Saúde no Trabalho da SRTE notificará a empresa, que terá prazo de sessenta dias contados do recebimento da notificação para regularizar os itens dela constantes.
§2º Fica garantido à empresa o direito de solicitar dilação do prazo ou recorrer da exigência, na forma prevista na Norma Regulamentadora - NR n.º 28, aprovada pela Portaria n.º 3.214, de 1978.
§3º Da decisão da SRTE caberá recurso para o DSST.
§4º Ao término do prazo constante da notificação, deverá ser realizada nova inspeção na empresa para verificação do cumprimento das exigências.

Art. 6º A SRTE deverá encaminhar o processo ao DSST com manifestação acerca do cadastramento, que poderá ser:
I - pelo deferimento, quando verificada a regularidade das instalações, equipamentos e processos de trabalho ou o cumprimento das exigências previstas no art. 5º; e
II - pelo indeferimento, quando decorrido o prazo sem correção das irregularidades.
Parágrafo único. Para subsidiar sua manifestação, a SRTE poderá ouvir a comissão estadual do benzeno, caso exista na Unidade da Federação.

Art. 7º A partir de indícios ou denúncia de descumprimento da legislação do benzeno, deverá ser verificada a existência de infração, por meio de análise documental ou inspeção das instalações, equipamentos, processos produtivos e de trabalho.
§1º Constatada infração à legislação do benzeno, a empresa será notificada para corrigir as irregularidades, podendo ser concedido prazo de até sessenta dias, contados do recebimento da notificação.
§2º O prazo previsto no § 1º poderá ser prorrogado na forma prevista na NR n.º 28, aprovada pela Portaria MTb n.º 3.214, de 1978.

Art. 8º Caso a empresa não promova a regularização dos itens nos prazos estabelecidos, a SRTE encaminhará o processo ao DSST, acompanhado dos documentos pertinentes, com sugestão de suspensão do cadastramento da empresa, sem prejuízo da lavratura dos autos de infração devidos pelo descumprimento da legislação.
§1º Nos processos de suspensão do cadastramento de empresa o DSST poderá solicitar manifestação da CNPBz.
§2º Da decisão que concluir pela suspensão do cadastramento caberá recurso à Secretaria de Inspeção do Trabalho no prazo de dez dias contados da data da ciência, na forma da Lei n.º 9.784, de 1999.

Art. 9º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Vera Lúcia Ribeiro de Albuquerque

FONTE: Diário Oficial da União.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Os benefícios da ginástica laboral no ambiente de trabalho

A Ginástica Laboral é a principal responsável pela redução de despesas por afastamento médico, acidentes e lesões de trabalho. Os exercícios físicos realizados no ambiente de trabalho, durante o horário de expediente, promovem a saúde dos funcionários e evitam lesões de esforços repetitivos e doenças ocupacionais. A prática da ginástica laboral pode ser coletiva ou moldada de acordo com a função exercida pelo trabalhador.

A ginástica laboral proporciona benefícios tanto para o trabalhador quanto para a empresa. Para o trabalhador, além de prevenir as lesões por esforços repetitivos (LER) ou os chamados distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), seus benefícios são de caráter físico, psicológico e social.    Entre os físicos estão o aumento da circulação sanguínea na estrutura muscular, melhorando a oxigenação dos músculos, tendões e diminuindo o acúmulo do ácido lático. Melhora ainda a postura, a mobilidade e a flexibilidade do músculo articular, diminui a tensão muscular desnecessária e o esforço na execução das tarefas diárias, facilita a adaptação ao posto de trabalho e melhora a condição do estado de saúde geral. Proporciona ainda produtividade com menor desgaste físico e reduz da sensação de fadiga no final da jornada.

Já nos aspectos psicológicos, a ginástica laboral favorece a mudança da rotina, reforça a auto-estima, melhora a capacidade de concentração no trabalho, desenvolve o conhecimento corporal e mostra a preocupação da empresa com seus funcionários. Na vida social, a atividade desperta o surgimento de novas lideranças, favorece o contato pessoal e o sentido de grupo, promovendo a integração social e melhorando os relacionamentos.

Além dos benefícios evidentes para os colaboradores, para a empresa a implantação da ginástica laboral traz outros benefícios. Estudos têm demonstrado que após três meses a um ano de implantação da ginástica laboral, observa-se que: diminuem as queixas de LER/DORT, há menores custos com assistência médica, são constatados alívio das dores corporais, ocorrem menos faltas, há mudança de estilo de vida e, o que mais interessa para as empresas, o aumento da produtividade.


FONTE: Vanilsa Ribeiro - Paran@shop.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Ergonomia eleva qualidade no trabalho

Ilustração: Beto Soares/Estúdio Boom
Disposição, motivação, atitude, criatividade e a busca constante por conhecimento são elementos fundamentais para o bom desempenho no trabalho. E para que o rendimento não caia e leve junto a saúde física e mental do profissional, o ambiente de trabalho deve proporcionar condições ergonômicas favoráveis para que a sensação de dever cumprido no fim do expediente não se transforme em constante sensação de dores nos ombros, costas, braços, dedos, pulsos... Este é um risco para quem passa boa parte do dia em frente ao computador, de modo especial para os que não contam com mobiliário adequado e não têm consciência postural.

Por meio da Norma Regulamentadora nº 17 (NR-17), que regulamenta as exigências ergonômicas no ambiente de trabalho, a legislação garante a saúde, segurança e o bom desempenho do trabalhador. A ergonomia compreende a fisiologia e a psicologia do empregado. As exigências englobam cuidados com o mobiliário, equipamentos e com a organização das atividades. Pausas no trabalho, conforto térmico, luz, ventilação e até a decoração do ambiente também são levados em conta.

"Imagine o quanto é estressante o trabalho de um profissional de telemarketing pelo simples fato de trabalhar com metas. Uma sala com cores fortes estressaria ainda mais esse funcionário. A NR-17 diz que todo empregador deve adequar o ambiente às características psicofisiológicas do empregado, segundo suas atividades", ressalta Fábio Guardiano Magrini, ergonomista e fisioterapeuta do trabalho.

Em Bauru e região, Magrini realiza um trabalho junto às empresas que permitem a adequação desses ambientes através de um levantamento biomecânico de riscos ergonômicos. "Após as etapas da análise, criamos um laudo para gerar soluções para as melhorias. Às vezes, por meio de uma pequena adequação, a empresa e os funcionários ficam livres de problemas relacionados às doenças ocupacionais, como o Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT).

Segundo o ergonomista, a disposição dos elementos de uma mesa de escritório, por exemplo, pode causar ou evitar lesões. O telefone colocado do lado contrário de onde está a mão usada para atendê-lo pede que a pessoa cruze o braço sobre seu corpo causando, assim, um pequeno esforço que, a longo ou médio prazo, provavelmente causará uma lesão. "Fiz um teste em certa ocasião e constatei que, em média, um trabalhador com turmo de oito horas diárias chega a passar mais de três delas ao telefone. Por isso, o ideal é que o aparelho esteja na posição correta, ou seja, próximo à mão usada para atendê-lo".

Quem nunca se pegou apoiando o telefone entre o rosto e o ombro enquanto usa as mãos para outra atividade? Tal atitude pode causar uma lesão por encurtamento muscular do pescoço.

AdequaçãoNo caso do uso de computadores, é preciso organizar a disposição física dos equipamentos, ou seja, o espaço que o funcionário tem em sua mesa e que envolve os objetos de trabalho. O ergonomista Fábio Magrini orienta que o monitor, assim como o teclado, seja ajustado de modo que fique alinhado com a visão do usuário. Ao digitar, as mãos devem ficar o menos inclinadas possível.

"Lateralizado, como vejo em muitas empresas onde presto assessoria, a pessoa até ganha mais espaço, porém, os movimentos de inclinação causam desconforto ao fim do dia." O corpo tende a se adaptar ao ambiente, que quando planejado de maneira desordenada, gera muito esforço e pode causar lesões.

FONTE: JCNET.

Lesões biomecânicas são as que mais causam afastamentos

As lesões ocupacionais biomecânicas são responsáveis pela maior parte dos afastamentos de trabalho e têm relação com o carregamento de peso e transporte de carga, onde não existem bancadas adequadas ou mesmo uma estrutura específica para o funcionário realizar suas atividades. Nesses casos, a lesão na coluna é a grande vilã, segundo Fábio Guardiano Magrini, ergonomista e fisioterapeuta do trabalho.

Pensando nesse tipo de risco, a Proform, empresa do grupo Tiliform, implantou a ginástica laboral e adequou os aspectos que envolvem ergonomia e segurança no trabalho. "O ambiente foi avaliado por função. Acentos reguláveis, carrinhos hidráulicos para amenizar o esforço físico, apoio para os pés, nivelamento das telas dos computadores e talhas mecânicas para elevar turbinas, entre outros, foram alguns dos ajustes feitos", afirma Gilberto Duarte Carrijo Júnior, gerente operacional.

Como retorno dos investimentos feitos pela empresa para se adequar às normas de ergonomia no trabalho, Carrijo cita a satisfação dos colaboradores, que rendem mais ao atuarem de forma mais confortável e segura em seu dia a dia de trabalho.

Outro fator importante é a redução dos casos envolvendo lesões e, por consequência, de afastamentos de funcionários.
InsatisfaçãoSegundo o médico do trabalho e ortopedista Fábio Pinto Nogueira, é muito comum encontrar trabalhadores insatisfeitos com seus cargos, ambiente de trabalho e salários. Inconscientemente, esses profissionais somatizam essa carga negativa e transferem tais tristezas para dores orgânicas.

"É um processo de difícil diferenciação, contudo, o médico do trabalho, conhecedor dos mecanismos físicos e orgânicos, consegue definir qual é a origem da queixa, se ela é orgânica ou de fundo psicológico".

O que também não é incomum é o fato de trabalhadores fingirem dores e lesões, uma vez que existem interesses secundários tais como aposentadoria, ganhos previdenciários, entre outros objetivos que podem levar a determinadas simulações.


FONTE: JCNET.

domingo, 13 de março de 2011

Ginástica Laboral - Empresas aprendem que prevenir é o melhor remédio

Promover o bem-estar e prevenir doenças. Estes são os principais objetivos da ginástica laboral, a atividade física realizada através de exercícios de alongamento e fortalecimento dentro do ambiente de trabalho.

Cada vez mais adotada pelas empresas preocupadas com a saúde de seus funcionários, esse tipo de ginástica ainda promove a melhora da consciência corporal, da coordenação motora e do equilíbrio físico e mental, explica o professor do curso de Educação Física da Universidade Metodista de São Paulo Eduardo Okuhara.

A ginástica laboral pode ser aplicada em três momentos - antes, durante ou depois do trabalho -, dependendo da possibilidade do colaborador. "Feita antes, ela tem uma função de preparação. Já durante, tem o objetivo de compensação e depois, de relaxamento", explica Okuhara.

Os exercícios devem durar em torno de 10 a 15 minutos. "Trata-se de uma pausa, com exercícios de alongamento, fortalecimento, coordenação e atividades lúdicas, inclusive com utilização de materiais como bexigas, arcos, bolinhas e até bastões", diz o professor.

Benefícios para todos — Não é apenas o funcionário que sai ganhando com a ginástica laboral. As empresas que optam por implantar esse tipo de atividade também vêem retorno a médio e longo prazo."Se a corporação mantém um funcionário saudável, eventuais gastos com doenças serão evitados no futuro", afirma a fisioterapeuta Fabiana Louro Fontalva. Ela assegura que qualquer instituição, independentemente do ramo, pode adotar um programa de exercícios. "Há empresas em que o serviço não pode parar. Nesse caso, pode ser feito um revezamento entre os funcionários", aconselha.

O custo para a corporação depende de uma série de fatores, como porte e especificidade da função da empresa e quantidade de intervenções desejadas. "De qualquer forma, trata-se de um investimento", afirma Okuhara, que aponta os benefícios do investimento. "Para a companhia, falando comercialmente, a atividade física melhora a relação interpessoal. Além disso, o colaborador tem mais disposição para o trabalho e a empresa acaba tendo alguns benefícios em termos de encargos sociais."

Novidade — Ainda pouco conhecida, nova modalidade de ginástica laboral com aulas de boxe, pilates no solo, alongamento, taishishuan e recreação com música vem conquistando vários adeptos entre os empresários.

A ideia é oferecer aulas diferenciadas e sempre em grupo. "Nossa programação tenta atingir todos os funcionários", explica o personal trainer e proprietário da Compos Sui, Flavio Evangelista.
A empresa que contrata a prestadora de serviços do Grande ABC reserva o final do expediente para as aulas, que acontecem de duas a três vezes por semana. "Sabe-se que na meia hora final é quando as pessoas estão se preparando para ir embora, então a atividade aplicada neste horário não afeta a produtividade do funcionário", diz Evangelista.

O personal trainer explica que os participantes têm a oportunidade de opinar em relação aos exercícios."A ginástica laboral não é mais algo que a pessoa sofre de forma passiva. Agora, ela é sujeito ativo. A proposta vai se moldando dentro do estilo do funcionário e da empresa", esclarece.

Para a sócia-proprietária da agenciadora de condôminos Neon Imóveis, Tânia Mendes, a parceria com a Compos Sui, iniciada há oito meses, tem rendido bons frutos. "Melhoramos a relação entre os trabalhadores e acabamos gerando uma comunicação melhor como um todo. No dia a dia, isso reflete muito na nossa produtividade", analisa.

FONTE: Diário do Grande ABC.

sexta-feira, 11 de março de 2011

O trabalho pode ser determinante para a ocorrência de câncer.

Reportagem de Cristiane Oliveira Reimberg
Ao folhear as páginas amareladas de um velho caderno, José Antonio Domingues, 72 anos, e Eliezer João de Souza, 69 anos, vão se lembrando dos amigos que perderam. Ao ver a ficha de José Alves de Souza, Eliezer conta que esse amigo morreu de mesotelioma, câncer diretamente relacionado ao amianto e que atinge a pleura, espécie de camada de revestimento do pulmão, ou ainda o pericárdio ou peritônio. Lembram-se de outras vítimas. Quatro eram diretores da Abrea (Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto). Desses, três morreram por câncer. Valmir Felonta teve câncer de laringe. Aldo Vicentino e José Roncadin tiveram mesotelioma. Outros nomes são recordados. Sebastião Aparecido da Silva, ex-trabalhador da Brasilit, de São Caetano do Sul, teve câncer em um dos pulmões e asbestose no outro. Também morreu. Outros três amigos que se foram eram de São José dos Campos, ex-trabalhadores da Avibras, dos quais dois tiveram mesotelioma.

O relatório traz nome, endereço e resultados de exames médicos de trabalhadores do amianto e, junto com os dados, as memórias. Eles procuram os registros de José Domingues, o sobrevivente. Para se livrar do tumor, tirou um pulmão em 2002.

A cirurgia de José Domingues foi realizada às pressas no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo, assim que o câncer de pulmão foi diagnosticado. "Fiquei sem um pulmão, mas fiquei com a vida", celebra o homem de 72 anos, que confessa ainda ter medo de algo aparecer no pulmão que restou. Com o mesmo medo, convive Eliezer, que não teve câncer, mas já fez cirurgia por causa de placas pleurais. "Hoje estamos bem, mas de um dia para o outro pode aparecer alguma coisa. A nossa luta agora é pela prevenção. Não queremos que as pessoas se contaminem. O amianto tem que ser banido para não continuar matando. Muitos amigos morreram contaminados. Pior é saber que muitos ainda vão morrer e que outros se foram sem saber que o amianto é cancerígeno", lamenta Eliezer, que preside a Abrea.

A história de Domingues com o amianto começou em 6 de agosto de 1976. Nessa data, foi admitido pela Eternit em Osasco/SP. Na empresa, ficou 15 anos, saindo apenas em 1991. "Quando entrei não havia comentários sobre os riscos, só soubemos quando a fábrica já estava para deixar Osasco", conta José. O seu primeiro relatório médico, arquivado na Abrea, data de 1997. Na época ele tinha 59 anos e foi detectada uma limitação crônica ao fluxo aéreo. A Associação funcionava como elo de ligação entre os trabalhadores expostos, o Hospital das Clínicas e a Fundacentro. Foi esse acompanhamento médico que permitiu a descoberta do câncer em 2002. "O médico me disse, após a operação, que se eu não tivesse feito a cirurgia, não duraria 15 dias. Quando fui internado, fiquei apavorado, pois eu nunca tinha sido internado na vida", relembra. Passado o período de adaptação, esse baiano de nascimento, que vivia em Osasco, acabou mudando-se para o interior de São Paulo, onde poderia respirar um ar mais puro. 
ComplexidadeAssim como José e Eliezer desconheciam o risco da exposição, muitas pessoas não sabem que várias substâncias carcinogênicas para os seres humanos estão presentes nos mais diferentes ambientes de trabalho. "A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC 2010) aponta pelo menos 64 agentes ocupacionais e ambientais, grupos de agentes, e misturas, como reconhecidamente cancerígenos para seres humanos - Grupo 1, dentre os 107 listados", afirma a epidemiologista e gerente da Área de Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho e ao Ambiente do Instituto Nacional do Câncer (INCA), Ubirani Otero.

A relação entre câncer e trabalho tem um cenário complexo. O adoecimento, quando acontece, aparece muito tempo depois da primeira exposição e nem sempre se faz o nexo ocupacional. Além disso, a ocorrência do câncer depende de fatores genéticos,  ambientais - que inclui questões como o ar, a água, o local de trabalho - e do estilo de vida. Uma estimativa da OIT de 2000 apontou que de 2.256.335 mortes relacionadas ao trabalho, 634.984 foram causadas por neoplasias malignas. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2007, destacou que cerca de 200 mil pessoas morrem de câncer relacionado ao trabalho a cada ano. A preocupação com a questão é tanta que neste mês, em Astúrias, na Espanha, será realizada a "Conferência Internacional da OMS sobre Determinantes Ambientais e Ocupacionais de Câncer - Intervenções para Prevenção Primária". O objetivo é revisar políticas e incentivar ações para reduzir a exposição ambiental e ocupacional a agentes cancerígenos.

"A prevenção primária, ou seja, evitar a exposição é a abordagem mais importante. Exames para diagnóstico são essenciais, para fins de tratamento - particularmente a detecção precoce - e de compensação. Porém, não podem mudar o fato de que o trabalhador já tem câncer. Os tomadores de decisão em vários níveis devem estar cientes de que o custo do câncer em sofrimento humano é incomensurável, e em termos econômicos, imenso. É muito melhor e mais humano gastar em prevenção do que em tratamento", avalia a higienista ocupacional, Berenice Goelzer.

FONTE: Revista Proteção.

Volta ao trabalho pode ser motivo de doença.

Para muita gente, voltar para o trabalho depois do feriado do Carnaval não tem apenas aquele gostinho amargo de fim de festa: é motivo de dor, sofrimento e até doença. Problemas, cobranças, relações complicadas, a culpa por não gostar do emprego quando muita gente gostaria de estar lá e, ainda, a impossibilidade de abandonar o ganha-pão, somados, tornam-se uma arma contra a saúde emocional e física de todos que estão inseridos nestes ambientes de trabalho hostis e prejudiciais. E os conflitos não ficam restritos a estes locais. Eles ultrapassam a barreira da vida profissional e afetam o dia a dia das pessoas, chegando a prejudicar relacionamentos amorosos, com a família e amigos.

"Muitas pessoas adoecem pelo sofrimento a que são submetidas no emprego. Entretanto, é preciso saber que o trabalho pode ser fonte de prazer. Hoje em dia nossa identidade está muito relacionada com a nossa profissão. Ser produtivo é algo muito positivo que traz um ganho significante de autoestima" explica Duílio Antero de Camargo, psiquiatra e médico do trabalho do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP e membro da Comissão Técnica de Saúde Mental e Trabalho da Associação Nacional de Medicina do Trabalho.
Vômitos e tonturaAlguns anos atrás, a advogada trabalhista Alaíde Boschilia, 48, passou por uma experiência traumática. "Eu vomitava todos os dias antes de ir para o escritório. Sentia muita tontura e passava mal o dia inteiro. Procurei diversos médicos porque achava que era algum problema de estômago, mas descobri que não tinha nada de errado. Eu enfrentava um ambiente de trabalho terrível, mas custei até descobrir que era aquilo estava me deixando doente".

A psicóloga clínica autora do livro "Motivação - Os Desafios da Gestão de Recursos Humanos na Atualidade (Ed. Juruá) Thalita Lacerda Nobre diz que, em geral, é possível detectar que algo está errado com alguém no ambiente de trabalho. "Dá para perceber que a pessoa tem mudanças de humor e comportamento. Passa a ficar mais irritada, dá sinais de um cansaço excessivo e adoece constantemente".

Ironicamente, o emprego era uma das indicações para que advogada se recuperasse de uma depressão. Ela estava afastada do mercado há sete anos, porque morava fora do país. "Ir para aquele escritório foi a única oportunidade que tive naquele momento. Eu encontrei no trabalho uma razão para viver. Mesmo com todas as humilhações que eu sofria lá, tinha mais medo de ficar ociosa e enfrentar a depressão novamente", desabafa.

Sua vida mudou quando recebeu outra proposta de trabalho e resolveu pedir demissão. "Até mesmo quando fui comunicar meu desligamento fui maltratada. Expliquei que ficaria um mês para que outra pessoa pudesse ocupar a minha vaga, mas ele mandou que eu me retirasse imediatamente. Depois daquilo, tudo foi diferente. No meu novo emprego eu era valorizada. Hoje, sou uma pessoa realizada, forte e segura".
A empresa tem prejuízoSe muita gente sofre e põe sua saúde em risco pelo emprego, por outro lado, essa dor também não é um bom negócio para o empregador. "Um funcionário desmotivado e desinteressado é ruim em vários aspectos. Ele gera custos médicos importantes com faltas e licenças. A empresa que investe em qualidade de vida no ambiente de trabalho tem ganhos financeiros significativos", explica Thalita.

Mesmo quem não falta, não dá lucro. "Ao contrário do `absenteísmo`, quando a pessoa não comparece ao trabalho, existe o `presenteísmo` que é estar presente, mas com sintomas leves de alguma doença ou distúrbio. Os mais comuns são dores nas articulações, dor de cabeça, alergias, asma e problemas emocionais. Muitos estudos mostram que o `presenteísmo` causa um grande prejuízo", aponta o psiquiatra.

Por tudo isto é muito importante que os gestores das empresas estejam sempre de olho nas mudanças de comportamento de seus funcionários. "A figura do líder influencia muito na motivação diária. Às vezes é difícil, mas o chefe precisa encontrar tempo para ouvir mais o que sua equipe deseja para o futuro, bem como resolver os conflitos existentes", destaca a psicóloga.

"Na nossa realidade, é difícil escolher um emprego. São raros os casos em que a pessoa pode esperar por algo que realmente a motive. Mesmo assim, ninguém pode desistir de ter um trabalho prazeroso. O ser humano precisa sempre melhorar. Enquanto não há uma solução definitiva, procure conviver diariamente com pessoas que se importem com seu bem-estar e assim amenizar um pouco o sofrimento", completa Thalita.


FONTE: Portal iG.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Resíduos Sólidos - Gestores estaduais debatem Política de Resíduos Sólidos

Secretários estaduais de Meio Ambiente de todo País estão nesta segunda-feira (28/2), em Brasília, para se informar sobre a aplicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e sobre as diretrizes do Ministério do Meio Ambiente para a questão. Um dos principais atores na execução da nova política, estados e municípios têm, por exemplo, até 2014 para se adaptar à nova lei, instituindo a coleta seletiva.
Na terça-feira (1º/3), os secretários participam de evento no hotel Saint Paul, a partir das 9h30, coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA). No encontro será discutida a implementação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh).
De acordo com o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU) do MMA, Silvano Silvério, esse encontro com os gestores estaduais é fundamental para que todos conheçam profundamente a nova política.  A reunião tem inclusive um viés educacional, pois cumpre o papel de esclarecer sobre princípios, objetivos e instrumentos da PNRS e destaca as diretrizes relacionadas com a gestão integrada e o manejo dos resíduos sólidos .
O secretário informou que os gestores estão aprendendo que a política fornece a orientação de conteúdo, determinando o que deve constar do plano estadual
e exigindo que o poder público faça um diagnóstico e acompanhe os fluxos dos resíduos.  Tudo isso implicará em incentivo à reciclagem e aproveitamento, aumentando a coleta seletiva, entre outros avanços , disse.
Participam da reunião os secretários estaduais do Meio Ambiente de Alagoas,Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Sergipe, Acre, Ceará, Pará, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Paraná e Rondônia e técnicos da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal.

FONTE: Envolverde.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Norma regulamentadora específica para a cadeia frigorífica

Texto da futura regulamentação vem sendo discutido por especialistas

A criação de uma norma regulamentadora específica para a cadeia frigorífica vem sendo amplamente discutida por empresas e entidades do setor e pelo Ministério do Trabalho. No dia 28 de janeiro, representantes da Associação de Frigoríficos de Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal e da Associação dos Avicultores de Minas Gerais se reuniram com a Coordenadora Geral de Normatização e Programas do Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho da SIT, Rosemary Dutra Leão, pela sexta vez, para discutir normas de segurança necessárias a este segmento econômico.

O encontro teve como objetivo coletar dados e informações da área de Saúde e Segurança do Trabalho no ramo frigorífico para subsidiar o Grupo de Estudos Tripartite que o DSST criou para definir a redação da nova norma. "Por meio destas reuniões, conseguimos nivelar e avaliar as necessidades do segmento no que se refere à implantação de medidas de segurança, o que nos deixa mais perto da concretização da NR Frigorífica", analisa Cristiano Antônio da Silva, engenheiro de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente e diretor do Conselho de Saúde e Segurança da Afrig.

Questões como a organização do processo de trabalho, ritmo de trabalho, pausas para descanso, condições ambientais e dos postos e equipamentos de segurança foram abordadas pelo GET durante a reunião. "Estes debates são fundamentais para conseguirmos melhorar as condições laborais no ramo frigorífico - atualmente responsável por altos índices de acidentes e adoecimentos dos trabalhadores", destaca Rosemary, lembrando que o setor conta com cerca de meio milhão de trabalhadores em todo o País.

FONTE: Revista Proteção.

22 estados já contam com licença–maternidade de 6 meses

A licença-maternidade de seis meses já é uma realidade para as funcionárias públicas de 22 estados e 148 municípios, além do Distrito Federal. O levantamento é da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), idealizadora do projeto da licença ampliada no país.

Desde 2008, as servidoras públicas federais também usufruem da licença de 180 dias, ano em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que instituiu o benefício no funcionalismo federal. No caso de estados e municípios, cada um deve fazer sua própria lei.

Mães e médicos garantem que o tempo extra ao lado do bebê é fundamental para o desenvolvimento da criança, além de garantir o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses, que aumenta a defesa do organismo do recém-nascido contra doenças nos primeiros anos de vida e também na fase adulta.

"Acabei de ter meu primeiro filho. Na minha opinião, é importante esse convívio que a mãe tem com o seu filho no período de seis meses para dar mais atenção", disse Floriza de Almeida, 35 anos, técnica em radiologia de um hospital público no Distrito Federal.

A licença ampliada ainda não chegou a todas as gestantes que trabalham no setor privado. A lei atual prevê que a concessão dos salários dos dois meses extras é opcional para as empresas. O patrão que aderir pode descontar a despesa do imposto de renda. Os salários referentes aos primeiros quatro meses de licença, previstos na Constituição Federal, permanecem sendo pagos pelo INSS.

No entanto, somente as empresas que declaram pelo sistema de lucro real podem solicitar o incentivo fiscal. Mais de 160 mil empresas estão nesse grupo, a maioria de grande porte, conforme dados da Receita Federal até o final de 2010. Ficam de fora aquelas que declaram pelo Simples ou pelo sistema de lucro presumido - micro e pequenas empresas.

"É injusto eu ter apenas quatro meses para ficar com meu filho e não seis", reclama a corretora Ana Lícia Nascimento, 21 anos, grávida de seis meses.

Segundo a coordenadora de Acompanhamento da Licença-Maternidade da SBP, Valdenise Martins, não há levantamento preciso da quantidade de empresas que já aderiram à licença-maternidade ampliada. As estimativas falam em 10,6 mil empresas brasileiras. Para aumentar a adesão do empresariado, a coordenadora defende que a licença se torne obrigatória para todos os setores do país.

No ano passado, o Senado aprovou a obrigatoriedade da licença-maternidade de seis meses tanto para o setor privado quanto o serviço público. O projeto foi encaminhado para votação na Câmara dos Deputados. "A gente precisa agora fazer propaganda e pressão", disse a coordenadora.

FONTE: Agência Brasil.

terça-feira, 8 de março de 2011

Resíduos - Novo modelo de gestão de resíduos da capital de Rondônia terá um Grupo de Trabalho Permanente

O Seminário de Gestão de Resíduos de Porto Velho, realizado nos dias 21 e 22.
 
O Seminário de Gestão de Resíduos de Porto Velho, realizado nos dias 21 e 22, marcou um momento de transformação na vida da cidade, assim o coordenador do evento, Luis Fernando Pereira, definiu o envolvimento e o interesse da população, que participou maciçamente dos painéis e das oficinas lotando o espaço durante todo o tempo com mais de 350 pessoas.

Foi aprovado, por unanimidade, a criação de um Grupo de Trabalho Permanente (GTP) para acompanhar de perto o andamento da implantação do novo modelo de Resíduos do Município, com a participação de todos os setores da sociedade.

“É necessário o envolvimento de toda a sociedade para que esse novo modelo tenha sucesso. O Grupo de Trabalho Permanente com certeza é uma forma concreta de participação ativa de todos, uma vez que os atores envolvidos diretamente e a sociedade estarão representados”, explicou Luís Fernando.

Experiências de sucesso são incorporadas ao modelo da Capital
Na apresentação dos painéis foram apresentadas experiências transformadoras como a do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis que desenvolvem um trabalho de organização nacional dos catadores em São Paulo e que já está sendo exportada para diversos países da América Latina.

As experiências de sucesso do Programa Goiânia Coleta seletiva, da Prefeitura de Goiânia, que promove a coleta seletiva e a transformação do material reciclável com auxílio das cooperativas de catadores, e o modelo de Curitiba, pioneira na coleta seletiva no país também contribuíram para a elaboração de propostas para o novo modelo de gestão de resíduos de Porto Velho. Ainda foram apresentadas propostas de mercado de recicláveis e mecanismos de incentivo, seguidos de debate com os participantes.

Assim como as palestras, as oficinas tiveram alto índice de participação e proposição. Foram cinco oficinas desenvolvidas na tarde de terça-feira (22): Novo modelo de gerenciamento de resíduos de Porto velho; Funcionamento da central de triagem e reciclagem; Funcionamento da coleta seletiva; Mercado de recicláveis e mecanismos de incentivo; E Saúde e segurança no trabalho no manuseio de recicláveis.

Da Amazônia para o mundo

Luís Fernando Pereira esteve em treinamento no Japão de onde pode trazer o conhecimento da experiência japonesa para compor o novo modelo que deve ser implementado em Porto Velho.

“O modelo japonês é fantástico e podemos aproveitar algumas coisas aqui em Porto velho, como o trabalho coletivo, por exemplo, mas a nossa peculiaridade regional e as nossas condições culturais, sociais e econômicas devem ser levadas em conta. E, com o envolvimento do poder público, da população em geral e com o apoio aos catadores poderemos construir um modelo eficiente e que contemple todos os atores envolvidos no processo”, frisou Luis Fernando.

“A reciclagem, de acordo com a ONU, gera 3 bilhões de reais ao ano no mundo e ainda evita a emissão de 10 milhões de toneladas de gases do efeito estufa. Do ponto de vista social, ambiental e econômico, a reciclagem pode atenuar os danos ao meio ambiente, gera emprego e renda e produz inclusão social”, afirmou Luís Fernando.

“Neste momento Rondônia está se alinhando ao que há de mais moderno em relação a reciclagem e a gestão de resíduos. Esperamos que o processo seja levado a frente pelo poder público e que a sociedade em geral se envolva para que possamos construir um modelo que seja, de fato, exemplo da Amazônia para o mundo”, concluiu Luís Fernando

Carta de Gestão de Resíduos de Porto Velho

Nós, cidadãos e cidadãs portovelhenses, reunidos no Seminário de Gestão de Resíduos de Porto velho decidimos:

Criar um Grupo de Trabalho permanente para acompanhar a implantação do novo modelo de Gestão de Resíduos do município, pois entendemos que a responsabilidade pelo sucesso é de toda a sociedade e a melhoria da qualidade de vida, das condições do meio ambiente e a inclusão social, questões que estão embutidas , no novo modelo, devem ser fiscalizadas, incentivadas, apoiadas por todos.

Ao poder público cabe a implementação do novo modelo em conjunto com a empresa vencedora da licitação; Mas a sociedade cabe estar vigilante para que o processo se dê dentro daquilo que é o melhor para a sociedade, e que possamos assegurar o sucesso do empreendimento como vimos que já é realidade hje em outras cidades como Goiânia e Curitiba.

Somos favoráveis que seja implantada a coleta seletiva em todo o município. Que o aterro sanitário seja construído o quanto antes, bem como a usina de compostagem para os resíduos orgãnicos. E que o processo de triagem e reciclagem de resíduos contemple ampla participação das cooperativas de catadores de resíduos recicláveis, pois entendemos que eles são os atores principais do processo.

As questóes de segurança no trabalho, comercialização justa, adequação de local e defesa do meio ambiente devem ser todas observadas com rigor em todo o processo e o poder público e a empresa devem dar ampla divulgação de todas as ações desenvolvidas para que a sociedade possa estar informada e participar ativamente de todo o processo.

Assim, esperamos estar construindo uma sociedade melhor para todos e que possamos deixar de legado às novas gerações um meio ambiente preservado e uma sociedade mais justa e fraterna.

FONTE: Rondôniagora.

sábado, 5 de março de 2011

Resíduos - Brasil destina corretamente mais de 2.000 toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos em janeiro de 2011

Volume enviado para reciclagem é 33% maior que o processado no mesmo período do ano passado.
No primeiro mês do ano, as unidades de recebimento de todo o país encaminharam para o destino ambientalmente correto 2.407 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Esse volume representa um crescimento de 33% em relação ao mesmo período de 2010, quando foram processadas 1.809 toneladas.
De acordo com o levantamento do inpEV – instituto que representa a indústria fabricante de agrotóxicos para a destinação das embalagens vazias de seus produtos –, cerca de 91% das embalagens seguiram para reciclagem.
Os estudos apontam que nove Estados apresentaram crescimento no volume destinado. Desses, os que tiveram maior destaque foram o Mato Grosso (603t), Goiás (304t), Rio Grande do Sul (304t), São Paulo (264t), Bahia (211t) e Minas Gerais (203t) e Mato Grosso do Sul (186t), que juntos respondem por 87% do volume total destinado em todo o país.

Outro dado relevante diz respeito aos percentuais de crescimento no período analisado. O Pará registrou aumento de 444%. O Rio Grande do Sul cresceu 125%, seguido pelo Maranhão, com 123%, e Minas Gerais, com 77%. Esses resultados reafirmam a consciência dos envolvidos nesse programa, que já é considerado referência mundial na gestão pós-consumo desse material.

FONTE: Envolverde.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Ferramentas auxiliam organizações no gerenciamento de riscos

Ilustração: Beto Soares/Estúdio Boom

Todas as atividades de uma organização envolvem riscos que devem ser gerenciados. Como parte desse processo é necessário identificar as condições perigosas de um determinado local, de um projeto, de um equipamento ou mesmo de uma tarefa e entender os riscos associados em termos de probabilidade e de consequência. Para que isso seja possível, há diversas ferramentas disponíveis de análise de risco, cada qual voltada para uma aplicação específica e que ajudam as organizações nessa etapa do gerenciamento.

Associado a essas ferramentas, há métodos de valoração de riscos divididos em três categorias principais: métodos qualitativos; métodos semiquantitativos e métodos quantitativos. As definições a seguir estão alinhadas com a norma IEC/ISO 31010:2009 (Risk management - Risk assessment techniques).

Os métodos qualitativos de valoração de risco classificam/qualificam o risco dentro de grupos pré-estabelecidos. Como exemplo, o risco pode ser considerado "baixo", "médio" ou "alto". Contudo, pode haver vários riscos enquadrados no grupo chamado de "baixo" e, nesse caso, não há qualquer escala ou número que indique qual deles é o "menor" ou o "maior", dentro desse mesmo grupo "baixo". O Quadro 1, Métodos qualitativos, exemplifica essa categoria.

Os métodos semiquantitativos de valoração de risco também classificam/qualificam o risco dentro de grupos pré-definidos, porém é possível estabelecer uma priorização dos riscos dentro de cada grupo. Isso é feito usualmente por meio de uma escala numérica que define, para uma mesma categoria de risco (por exemplo, "riscos médios"), qual é o "menor" e qual é o "maior". Nesse tipo de método aparecem as conhecidas "tabelas de priorização" ou "matrizes de risco", que usualmente têm entre três e cinco colunas para definições de probabilidade e mais três a cinco colunas para definições de consequência (ou severidade). Para cada definição de probabilidade e de consequência, está associada uma escala numérica, que ajuda a situá-la dentro de um determinado grupo. Nesse tipo de método de valoração do risco, a prioridade é obtida na interseção de uma das colunas com uma das linhas, e pode ser expressa tanto em termos numéricos, quanto por meio de um adjetivo (como por exemplo, "marginal", "crítico", "catastrófico", etc). Muitas empresas fazem o uso de cores diferentes para as priorizações de risco, de modo a chamar mais a atenção para as classes de risco enquadradas em zonas críticas. A Tabela 1, Métodos semiquantitativos, ilustra esse conceito.

Os métodos quantitativos de valoração de risco calculam o risco, diferentemente dos métodos semiquantitativos, que apenas priorizam o risco baseado em uma escala pré-determinada. Para se calcular o risco (por meio da probabilidade e da consequência), são usados modelos matemáticos e pode ser necessária a utilização de softwares especializados.
A escolha do método de valoração do risco dependerá do propósito da análise, da disponibilidade de dados confiáveis e das necessidades de tomada de decisão da organização. Em alguns casos, a escolha é determinada pela própria legislação ou por um órgão governamental de controle e de fiscalização, e, normalmente, está associado à ferramenta de análise de risco mais indicada para um determinado tipo de análise requerida.

FONTE: Revista Proteção.

Raul Casanova Junior assume a Superintendência do CB–32

São Paulo/SP - O diretor executivo da Animaseg (Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho) Raul Casanova Junior foi eleito em 24 de fevereiro, o novo Superintendente do CB-32 (Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual) da ABNT. Sua posse ocorre no dia 4 de março, marcando a despedida do engenheiro de segurança Sideneo Walter Torres Rios, que atuava no cargo desde a criação do comitê, em 1996.

Raul atuava na comissão como Chefe de Secretaria e como coordenador da Comissão de Estudos dos Requisitos gerais de EPI. Segundo ele, esta nova fase buscará ampliar a atuação do comitê. "Pretendemos estender a abrangência do comitê, incluindo estudos sobre equipamentos de proteção específicos para trabalho em altura, entre outros".

A Animaseg vai dar continuidade ao patrocínio da CB-32, mas um dos objetivos de Raul é reativar a busca por novos patrocinadores.
FONTE: Redação Revista Proteção.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Resíduos Sólidos - Comitê vai orientar logística reversa da política de resíduos sólidos

Depois de regulamentada, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) começa a ser implementada. Na próxima quinta-feira (17/2), será empossado o Comitê Orientador para implantação de Sistemas de Logística Reversa. Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, o comitê terá a participação dos ministros da Saúde; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o da Fazenda.

Caberá a cada ministro indicar um representante para fazer parte do grupo técnico de apoio ao Comitê Orientador. A posse está marcada para as 16h, no MMA. Durante a reunião, será apresentada aos participantes uma proposta de regimento interno.

Entre suas atribuições está a de estabelecer a orientação estratégica da implementação de sistemas de logística reversa; a definição das prioridades e aprovação do cronograma para o lançamento de editais de lançamento; as regras para o funcionamento do grupo técnico de assessoramento do colegiado; e os critérios de decisão no caso de empate na deliberações colegiadas.

Após a elaboração de um regimento interno e do estabelecimento da orientação estratégica da implantação de sistemas de logística reversa, o Comitê Orientador vai fixar o cronograma para estes sistemas; aprovar estudos de viabilidade técnica e econômica; definir diretrizes metodológicas para avaliação dos impactos sociais e econômicos dos sistemas de logística e avaliar a necessidade da revisão dos acordos setoriais, dos regulamentos e dos termos de compromisso que disciplinam a logística no âmbito federal.

Caberá ainda ao Comitê definir as embalagens que ficam dispensadas, por razões de ordem técnica ou econômica, da obrigatoriedade de fabricação com materiais que propiciem a reutilização e reciclagem; a definição da forma de realização da consulta pública relativa à proposta de implementação de sistemas de logística reversa e a proposição de medidas que tenham por objetivo incluir nos sistemas de logística reversa os produtos e embalagens adquiridos diretamente de empresas não estabelecidas no País, inclusive por meio de comércio eletrônico.

Logística reversa - Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

A regulamentação definiu como se dará a responsabilidade compartilhada no tratamento de seis tipos de resíduos e determinou a criação de um comitê orientador para tratar destes casos específicos. São eles: pneus; pilhas e baterias; embalagens de agrotóxicos e óleos lubrificantes além das lâmpadas fluorescentes e dos eletroeletrônicos.

O comitê orientador vai também definir cronograma de logística reversa para um outro conjunto de resíduos que inclui as embalagens e produtos que provoquem impacto ambiental e na saúde pública. Os instrumentos para operar os sistemas de logística reversa são: acordos setoriais; regulamentos expedidos pelo Poder Público; ou termos de compromisso.

O secretário de Recursos Hídricos de Ambiente Urbano (SRHU) do MMA, Silvano Silvério, explica que pela nova lei o cidadão passa a ser obrigado a fazer a devolução dos resíduos sólidos no local, a ser previamente definido pelo acordo setorial e referendado em regulamento, podendo ser onde ele comprou ou no posto de distribuição. Segundo ele, a forma como se dará essa devolução, dentro de cada cadeia produtiva, será definida pelo comitê orientador.

FONTE: MMA.

Área Naval tem NR

A área de Saúde e Segurança ganhou uma nova norma regulamentadora no mês de janeiro: a NR 34, "Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval". A Portaria n° 200, de 20/01/2011, que traz o texto, apresenta ainda uma alteração na NR 30, que passa a citar a NR 34 no subitem 13.1 do Anexo II (Plataformas e Instalações de Apoio). Dessa forma, as disposições da nova norma passam a ser aplicadas às plataformas, especialmente, em relação ao projeto, instalação e operação. Também foi criada a Comissão Nacional Tripartite Temática - CNTT da NR-34, com o intuito de acompanhar a implantação da nova regulamentação.
Medidas
A implementação das medidas de proteção contidas na NR 34 é de responsabilidade do empregador, que de­ve designar um responsável pela Nor­ma. Essas medidas devem ser adotadas antes de qualquer trabalho. Quando ocorrem mudanças nas condições am­bientais que tornem os trabalhos potencialmente perigosos à integridade física e psíquica dos trabalhadores, os mesmos devem ser interrompidos.

Há necessidade de realizar a Análise Pre­liminar de Risco (APR) e, quando aplicável, emitir Permissão de Trabalho (PT). O empregador deve garantir que os trabalhadores sejam informados sobre os riscos da atividade e as medidas de controle adotadas assim como proporcionar condições para que os trabalhadores colaborem com a implementação.

A norma ainda estabelece a realização de Diálogo Diário de Segurança (DDS) an­tes do início das atividades operacionais. Devem-se contemplar as atividades que serão desenvolvidas, o processo de traba­lho, os riscos e as medidas de proteção. Já o programa de capacitação deve compreender treinamento admissional, periódico e em determinadas situações como "mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho; evento que indi­que a necessidade de novo treinamento; e acidente grave ou fatal".



FONTE: Revista proteção.

Certificação - Anvisa estabelece novas normas para agulhas e seringas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária modificou as exigências para fabricantes e importadores de agulhas, seringas e equipos - materiais utilizados em procedimentos médicos e hospitalares. Em 360 dias, o registro destes produtos passa a ser obrigatório no Brasil. A medida foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda, 7.

Baseadas em normas técnicas nacionais e internacionais, as resoluções RDC 3/2011, RDC 4/2011 e RDC 5/2011 estabelecem os requisitos mínimos de identidade e de qualidade para as agulhas, seringas e equipos.  Antes, esses produtos eram apenas cadastrados na Anvisa.

Fabricantes e importadores devem observar as novas exigências estabelecidas pela Agência. Entre os requisitos para obtenção do registro desses materiais, está a obrigatoriedade de apresentação do Certificado de Boas Práticas de Fabricação (BPF), emitido pela Agência, e da Certificação de Conformidade do Inmetro


FONTE: Anvisa.