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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

REDE ELÉTRICA E PREVENÇÃO DE ACIDENTES

A eliminação de acidentes elétricos não é tarefa simples, mas precisa ser constantemente perseguida. Resolver esse problema implica em união de esforços das empresas envolvidas, dos trabalhadores e da sociedade. Estudar e analisar as causas dos acidentes é uma tarefa que todo profissional que trabalha exposto a riscos tem o dever de realizar. É exatamente esta situação a vivida pelos trabalhadores que atuam nas redes elétricas. E mesmo com esta e outras precauções, ocasionalmente recebemos notícias de acidentes aqui e ali envolvendo o trabalho com eletricidade, de alto risco. E não é somente com os trabalhadores especializados em eletricidade, mas também com aqueles que ao desenvolverem outras atividades, como: pintura, construção etc., acidentalmente têm contato ou se aproximam muito das redes elétricas. Mais difícil que tomar conhecimento dessas notícias é saber que a grande maioria desses acontecimentos poderia ter sido evitada ou pelo menos minimizada. Há uma máxima em prevenção de acidentes que defende o fim de todos os riscos. Não sendo possível, trabalha-se para minimizá-los, protegendo o ser humano com ações que vão deste o adequado e eficaz treinamento, passando pelas informações necessárias à maximização de sua segurança e, finalmente, pela adoção de equipamentos de proteção coletivos e/ou individuais. Afinal, trabalhar próximo à rede elétrica impõe condições absolutamente essenciais para os profissionais, de maneira que a segurança e a prevenção de acidentes tenham um grau de prioridade tão importante quanto a própria qualidade do trabalho realizado. Normalmente os acidentes ocorrem por uma sucessão de falhas, aliadas ao desconhecimento dos riscos a falta de treinamento adequado sobre as atividades a serem desenvolvidas. O desafio é aumentar a capacitação de todos os trabalhadores, assim como as medidas de prevenção de ordem geral capazes de evitar que os acidentes ocorram. Como já mencionado, há categorias profissionais mais sujeitas a essas ameaças. Eletricistas, pintores, instaladores de antena e outdoors, jardineiros, pedreiros, podadores de árvores e calheiros devem ficar atentos às normas básicas de segurança, e uma delas é considerar as redes elétricas sempre energizadas. Outra preocupação importante é manter distância mínima dos cabos, para que não haja nenhum risco de choque elétrico. Deve-se ter muito cuidado e atenção ao manusear ferramentas e outros dispositivos próximos à rede elétrica, sobretudo os de metal, mais propensos à condutibilidade elétrica. Essas providências devem ser estudadas antecipadamente dentro do planejamento de segurança do trabalho, muitas vezes não priorizado. Tão importante quanto observar os riscos inerentes a essas atividades perigosas, é a utilização correta de equipamentos de proteção que podem salvar vidas. Capacetes adequados, luvas de isolamento elétrico, cinturões de segurança, cones de sinalização são alguns dos equipamentos que contribuem para evitar as lesões decorrentes de acidentes ou, ao menos, amenizá-las. Mas não nos iludamos, a prevenção, o planejamento do que irá ser executado e o cuidado constante são os pontos fundamentais para a eliminação dos acidentes. Nos casos mais graves e críticos a própria CPFL, através de inspeções técnicas, verifica a situação de obras irregulares que ofereçam riscos de acidentes para a população, iminentes ou não, notificando os responsáveis ou até solicitando o embargo judicial pelas autoridades competentes. Na construção civil, por exemplo, é essencial verificar antes de executar obras se há situações perigosas por perto. Encostar ou aproximar andaimes, escadas, barras de ferro ou outros materiais dos fios elétricos pode provocar acidentes muito graves. É no planejamento de segurança que essas situações precisam ser observadas e combatidas. A eliminação de acidentes elétricos não é tarefa simples, mas precisa ser constantemente perseguida. Resolver esse problema implica em união de esforços das empresas envolvidas, dos trabalhadores e da sociedade. Sem essa junção de esforços, dificilmente a luta contra os acidentes será vencida. *Luiz Carlos de Miranda Jr. é gerente de Segurança do Trabalho, Saúde e Qualidade de Vida da CPFL Energia.

FONTE: ABRACOPEL.

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